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Exportações baianas caem 11% no bimestre

A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento, divulgou nesta terça-feira (9), que no bimestre, as exportações baianas totalizaram US$ 1,06 bilhão, contra US$ 1,20 bilhão em igual período do ano anterior, uma redução de 11%. Em relação às importações, também houve queda de 19,2% na comparação com fevereiro de 2020 (US$ 389,4 milhões), enquanto no acumulado do ano houve aumento de 21,1%, graças ao grande volume – principalmente de combustíveis, referente às compras de janeiro. 

Impactada por volumes sensivelmente menores de embarques de derivados de petróleo, as exportações baianas tiveram redução de 23,5% em fevereiro, comparadas a igual mês de 2020. As vendas externas totalizaram no mês passado, US$ 448,8 milhões, contra US$ 587,1 milhões em fevereiro do ano passado. 

Em fevereiro, alguns aspectos foram importantes para definir a queda nas exportações. O principal deles foi no segmento de derivados de petróleo que recuaram 97% ante fev/2020. Segundo principal segmento de exportação da Bahia no ano passado, o setor que tem a Petrobrás como único exportador, está passando por definições quanto à privatização da Rlam, assim como campos terrestres de exploração e produção, o que pode ter tido reflexos nos embarques. Também houve paralisações de trabalhadores.

Contribuíram também com o desempenho negativo, a queda de 19,7% nas vendas de papel e celulose motivada por recuos nos embarques e nos preços além de problemas que o setor atravessa com escassez de insumos. O setor automotivo, que deve ir perdendo espaço contínuo após a venda da Ford, também teve queda de 35,5%, além dos minerais (-75,6%) e das máquinas e equipamentos para a indústria eólica com recuo de 57,6% nas exportações em fevereiro.   

Os meses de janeiro e fevereiro são insuficientes para traçar tendência do ano, mas os preços já mostram que devem fazer a diferença, principalmente quando começar os embarques do agro. Vários segmentos tiveram valorização no bimestre em comparação com igual período do ano anterior, o que resultou em um aumento médio dos preços dos produtos de exportação do estado em 22,2% no período. O desmembramento de volumes e preços deixa mais claro que os preços têm sobressaído no desempenho das exportações do bimestre, ao contrário do observado no ano passado. Enquanto a quantidade embarcada caiu 27,2%, as receitas caíram menos (11%), resultado da valorização, principalmente da soja, algodão, metalúrgicos e produtos minerais.

Depois de uma acentuada alta em janeiro (71,3%), as importações registraram recuou de 19,2% em fevereiro puxadas pelos bens de capital (-33,1%) e de bens intermediários (-23,5%). 

O recrudescimento da pandemia que conspira contra a recuperação interna, o dólar alto e as incertezas da economia podem ter contribuído para o desempenho negativo no mês.

No bimestre, a alta puxada por janeiro deveu-se ao reflexo da lenta, hoje improvável retomada da economia, pelo menos no primeiro semestre. Embora ainda seja alvissareiro o aumento das importações no bimestre, os dados seguem voláteis e é prematuro afirmar que a melhora mostrada no primeiro mês do ano, traga algum sinal quanto ao dinamismo da demanda interna o que fica confirmado com os resultados colhidos em fevereiro.

 

 

 

 

 

Condições de Vida das Mulheres Baianas

                 

 

O levantamento da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) sobre as Condições de Vida das Mulheres Baianas analisou aspectos demográficos, educacionais e de mercado de trabalho com recorte de gênero. Para tanto, fez-se uso de indicadores construídos pelo órgão tendo como fonte de dados registros administrativos e pesquisa, num recorte temporal de sete anos, de 2012 a 2020.

Entre os destaques do estudo, revela-se aumento na escolaridade das mulheres no período, ampliação da participação de mulheres que se autodeclaram pretas na população total, manutenção da taxa de fecundidade total para nível abaixo da taxa de reposição da população com redução para o grupo de jovens de 15 a 19 anos e aumento para aquelas de 30 a 45 anos, além do envelhecimento populacional com maior presença feminina – que possuem maior expectativa de vida.

No mercado de trabalho, as mulheres seguiram com os menores rendimentos e taxa de desemprego superior, apesar da maior escolaridade. Para elas, o mercado de trabalho se tornou menos informal no período. No trabalho doméstico, setor que tem alta informalidade, elas continuaram sendo maioria. Estes e outros detalhes são apresentados a seguir.

As mulheres se revelaram a maior parcela da população do estado (51,7%, em 2012; e 52,6%, em 2020). A maioria delas se autodeclararam de raça/cor parda (62,7%, em 2012; e 58,2%, em 2020), apesar da redução percentual no período. Houve aumento na participação de autodeclaradas pretas, que eram 17,0% do total de mulheres em 2012 e passaram para 21,6%, em 2020.

Comparando os níveis de instrução, as mulheres possuem melhores níveis de escolaridade, com maiores participações nas faixas de 16 anos ou mais de estudo: na área urbana do estado, 7,8% das mulheres estavam nessa faixa em 2012, percentual que ampliou para 13,5% em 2020; e na área rural, o número de mulheres com 16 anos de estudo mais que dobrou, passando de 15 mil (0,8% do total das residentes), em 2012, para 39 mil (2,1% do total das residentes), em 2020. As baianas, na média, estão concebendo menos filhos (acompanhando uma tendência nacional) e postergando a fecundidade: as taxas de fecundidade total para o período oscilaram entre 1,68 e 1,69 filhos por mulher, abaixo do nível de reposição (2,1 filhos por mulher) e insuficiente para manter o quantitativo populacional no mesmo nível.

A força de trabalho baiana apresentou predominância de trabalhadores do sexo masculino no período analisado (2012 a 2020), apesar de se observar o inverso na população geral do estado. No último ano, dentre os 6,4 milhões de indivíduos

economicamente ativos, 3,6 pertenciam ao grupo formado pelo sexo masculino com 14 anos ou mais de idade (idade para trabalhar), e 2,8 milhões de pessoas integravam o correspondente ao sexo feminino. Há uma tendência de ampliação da participação das mulheres e, consequentemente, redução na contribuição dos homens Em 2012, da população na força de trabalho baiana, 42,6% eram mulheres. Esse percentual atingiu 44% no resultado parcial para o ano de 2020.  A taxa de desocupação para as pessoas do sexo feminino se revelou a mais alta do mercado de trabalho, comparando-se os gêneros, entre 2012 e 2020. Aumentou a distância dos índices entre os sexos, de 4.1 para 6.2 pontos percentuais. Em 2020, a taxa de desocupação feminina (23,2%) superou o índice masculino (17%), acirrando as desigualdades. Durante o ano atípico de 2020, os impactos no emprego foram sentidos pelos indivíduos de ambos os sexos. No primeiro trimestre de 2020, a taxa de desocupação para os homens era de 15,8% e atingiu 17,4% no terceiro trimestre. O respectivo índice para as mulheres passou de 22,3% para 24,9%. Mas, a razão entre os sexos não se alterou, permaneceu de 1,4, significa dizer que o desemprego feminino ainda supera o masculino em 40%.

A taxa de informalidade das mulheres, no período, é inferior a masculina. Em 2020, respectivamente, correspondiam à 44,6% e 55,5%. O menor grau de informalidade das mulheres ocupadas em relação aos homens ocupados, aliado à maiores taxas de desemprego, pode significar que as mulheres estão mais empenhadas em buscar um emprego formal que em lançar-se à informalidade.

O rendimento médio real dos vínculos ativos com jornada de 40 horas semanais delas corresponde à apenas 83% do rendimento deles com a mesma quantidade de horas trabalhadas onde elas predominam, na Administração Pública. No total do estado corresponde a 80%.

Seguem predominando as mulheres (90,5%, 270 mil), dentre os trabalhadores domésticos da Bahia. Nota-se que, entre 2012 e 2020 o contingente destes ocupados no estado se reduziu em cerca de 142 mil pessoas, saindo de 440 para 298 mil, sendo que destes, 233 mil não possuíam carteira de trabalho assinada.

Para conferir o Texto para Discussão completo,clique aqui!

 

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 

Confiança do Empresariado Baiano cai em janeiro e Comercio Varejista fecha com saldo negativo de 4,14 mil unidades em 2020

O Indicador de Confiança do empresariado baiano (Iceb), índice que avalia as expectativas do setor produtivo do estado, calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), apresentou, em janeiro, um quadro de menor confiança comparativamente ao observado no mês anterior.

Com este recuo, o primeiro após sete altas mensais consecutivas, o pessimismo aumentou e a confiança empresarial interrompeu a trajetória de recuperação iniciada em junho passado. Dessa forma, a confiança do empresariado local se manteve na zona de Pessimismo Moderado.

De acordo com levantamento realizado pela CNC, o saldo entre aberturas e fechamentos de loja com vínculos empregatícios no comércio varejista baiano ficou negativo em 4,14 mil unidades em 2020 – maior retração na quantidade de estabelecimentos com estas características desde 2016 (-3,09 mil).

O dado segue em linha com a retração de 4,3% nas vendas do varejo em 2020, conforme apurado pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE – realizada em âmbito nacional – e analisada pela SEI. Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA), o faturamento atingiu 102 bilhões de reais, o pior resultado em uma década.

Os detalhamentos dos setores, destacando alguns fatores que podem afetar as atividades de cada um, podem ser acessados no boletim completo no site da SEI clicando aqui!

A SEI e SSP-BA divulgam trabalho inédito sobre os feminicídios na Bahia

 

A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em parceria com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), apresenta os padrões de feminicídios na Bahia. Trata-se de um trabalho inédito para o estado construído a partir de todos os Boletins de Ocorrência (BO) identificados com essa tipificação criminal, entre os anos de 2017 e 2020. 

O trabalho é divulgado em dois formatos: um dashboard com infográficos e um Texto para Discussão. O objetivo é apresentar para a sociedade os padrões e especificidades desse tipo de violência no estado, definida legalmente como a morte de uma mulher por questões de gênero, e que apresenta caracterizações díspares de outros tipos criminais. 

Na Bahia, de 2017 a 2020, foram 364 vítimas de feminicídios. Isso significa dizer que, uma mulher é morta por questões de gênero a cada quatro dias na Bahia. Esse é um fenômeno crescente a uma taxa média anual de 13,2%. Tal observação é confirmada pelo incremento da incidência de casos: 1,0 mulher assassinada a cada 100 mil baianas em 2017, para 1,5 em 2020. E esse é um tipo de crime que ocorre, sobretudo, dentro do lar e a partir de uma relação afetiva entre o autor e a vítima. Para conferir o dashboard de Feminicídios na Bahia, clique aqui!

E para conferir o Texto para discussão,clique aqui!

Assista também ao nosso vídeo no Yotube com uma breve explicação do compêndio.

 

Construção de ponte e obras de infraestrutura são afetadas pelo avanço da Covid-19 na Bahia

As obras de infraestrutura em todo o estado da Bahia estão paralisadas, incluindo a da ponte Salvador-Itaparica, por causa do crescimento no número de casos da Covid-19. Segundo o vice-governador João Leão, toda a adequação do projeto está concluída, mas não é possível dar continuidade à construção.

A obra da ponte tinha previsão de ser iniciada com seis mil trabalhadores. Somente em Itaparica seriam mais mil pessoas no canteiro de obras, que é onde vão ser fabricadas as vigas. O Governo do Estado havia fechado com uma empresa portuguesa para iniciar toda a prospecção de duplicação das pontes. O vice-governador afirmou que a pandemia dificulta o início das duas grandes obras.

Dando continuidade a seu plano de desinvestimento, a Petrobras vendeu para a SPE Miranga S.A., subsidiária da PetroRecôncavo S.A., nove campos terrestres de exploração e produção denominados Polo Miranga, todos localizados na Bacia do Recôncavo. A Petrobras é operadora com 100% de participação nessas concessões. A produção média do Polo Miranga de 2020 foi de aproximadamente 899 barris de óleo por dia e 376,8 mil m³/dia de gás natural. De acordo com a estatal, o valor de venda foi de US$ 220,1 milhões.

A Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb) registrou, em janeiro deste ano, a abertura de 2.624 novas empresas. O número de constituições foi o maior se comparado ao primeiro mês dos últimos dois anos, 2.011 (2020) e 1.995 (2019), indicando que esta pode ser uma aposta para todo ano de 2021. Outro dado a ser destacado é que após dois anos, o saldo entre constituições e extinções de empresas foi positivo em janeiro.

A Juceb encerrou 2020 com um total de 27.030 empresas abertas. O segmento do Comércio encabeçou o ranking e foi responsável por 42% do total de aberturas de empreendimentos na Bahia ano passado.

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