• SEIColab
  • SEIGEO
  • Infovis

Dados sobre mercado de trabalho apontam tendência recente de recuperação após pandemia

Na Bahia, em 2022, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após dois recuos anuais seguidos, a desocupação atingiu 15,4% da população na força de trabalho, a mais baixa taxa média anual de desocupação desde 2015 (12,4%) – lembrando que a menor se deu em 2014 (10,4%) e a maior, em 2020 (20,3%). Tais informações municiaram a leitura da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan), sobre mercado de trabalho na Bahia, realizada para marcar o 1º de Maio - Dia do Trabalhador e da Trabalhadora.

Em síntese, o panorama recente do mercado de trabalho baiano aponta que uma rota de recuperação pode ser visualizada. O cenário de constrição e incertezas decorrente da disseminação de covid-19, de fato, foi superado. No entanto, a despeito das melhorias relativas, o ambiente ainda suscita preocupações.  

O mercado de trabalho baiano foi avaliado tendo por base os dados da PNADC/IBGE, dos anos de 2012 a 2022. Mesmo diante dos recuos mais recentes no desemprego, em 2022, a taxa de desocupação no estado se mostrou a maior entre as 27 unidades federativas, semelhantemente ao ocorrido em 2015, 2016 e 2020. Em 2022, a taxa do Nordeste foi de 12,6% e a do Brasil 9,3%. 

Ocupação - O número de ocupados no estado em 2022 se traduz em boa notícia, já que, após duas altas anuais consecutivas, atingiu o maior patamar dos últimos sete anos, 5,991 milhões de pessoas. Assim, em 2022, a Bahia concentrou 6,1% dos trabalhadores do Brasil e 27,2% dos do Nordeste. 

Contudo, em dez anos, mesmo diante da recuperação recente, o que se notou foi um encolhimento dos trabalhadores em território baiano, já que o quantitativo de ocupados diminuiu 2,3% comparativamente a 2012 (eram 6,129 milhões com ocupação, ou seja, 139 mil a mais do que em 2022). Além da Bahia, a população ocupada reduziu no Maranhão, Piauí e Paraíba. 

Setores e Formas de Inserção - No estado, entre 2012 e 2022, dos dez grupamentos de atividades, a ocupação caiu em seis: em termos relativos, Construção exibiu o maior recuo (-21,4%) e Serviços prestados principalmente às empresas apresentou a maior alta (+19,0%). Do mais, nesse período, das dez formas de inserção, a ocupação reduziu em sete: Trabalhador familiar auxiliar apresentou a maior queda (-30,9%) e Empregado no setor público sem carteira assinada contou com a maior expansão (+5,1%). 

Em dez anos, desocupação cresce de forma quase generalizada no país 

Em 2022, o estado possuía 1,092 milhão de desocupados – indicando recuo em relação a 2021, o que significou a interrupção de uma trajetória de sete altas anuais seguidas e o menor contingente desde 2015. Vale destacar que a melhor marca da série é de 731 mil indivíduos desocupados, em 2014, e o pior patamar, de 1,348 milhão, em 2021. Em 2022, a Bahia concentrava 10,3% do total de desempregados do Brasil e 34,3% do quantitativo do Nordeste. 

Apesar da queda anual recente, a população desocupada no estado aumentou 41,7% em dez anos, adição de 322 mil pessoas em situação de desocupação aos 771 mil indivíduos contabilizados em 2012. Vale ressaltar que o número de desempregados cresceu de forma quase generalizada no país nesses dez anos, já que houve alta em 23 unidades federativas, com a Bahia exibindo a nona maior variação. 

Rendimento em queda 

Em 2022, após dois recuos seguidos, o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos foi de R$ 1.750 na Bahia, o menor desde o início da série. Por outro lado, a estimativa mais elevada foi detectada em 2020, de R$ 2.030. O valor em 2022 foi o segundo menor do país (acima apenas ao do Maranhão, de R$ 1.674). No referido ano, o rendimento médio da Bahia ficou abaixo da média do Nordeste (R$ 1.832) e do Brasil (R$ 2.715) – mostrando-se equivalente a 95,5% e a 64,5% dos mesmos, respectivamente. 

Em dez anos, o rendimento médio real no estado diminuiu 3,7% - era de R$ 1.818 em 2012 (o sexto menor do país à época) – significando, em termos absolutos, R$ 68 a menos. Na Bahia, portanto, a variação se deu em sentido contrário às do país (+1,3%) e do Nordeste (+0,2%). Das 27 unidades federativas, o rendimento médio encolheu em 11 delas no intervalo considerado – a Bahia teve a sétima maior queda relativa do país. 

Enfim, a partir de agora, com um quadro bem menos deteriorado do que há dois anos, resta saber se o dinamismo econômico se dará em magnitude suficiente para servir de retaguarda para progressos consistentes e contínuos no mercado de trabalho local e nacional. Para o curto prazo, pelo menos, as expectativas ainda se mostram favoráveis. 

Fonte: Ascom/SEI

Data: 28/04/2023 

Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia
Av. Luiz Viana Filho, 4ª Av., nº 435, 2ª andar, CAB, Salvador, Bahia
CEP 41.745-002
Telefone: (71) 3115-4733
Assessoria de Comunicação: 71 3115-4748 / 99708-0782

Localização

OGE - Ouvidoria Geral do Estado
3ª Avenida, nº 390, Plataforma IV, 2º andar, Sala 208, CAB, Salvador, Bahia
CEP 41.745-005
Telefone: (71) 3115-6454
Horário de funcionamento: 8h às 18h

Localização

Exerça sua cidadania. Fale com a Ouvidoria.

Free Joomla! templates by Engine Templates