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Exportações baianas crescem 20,6% em julho

Tirando proveito da alta de preços generalizada das commodities, como grãos, derivados de petróleo e minérios, as exportações baianas cresceram 20,6% e alcançaram US$ 924,1 milhões em julho, recorde da série histórica para o mês desde 2013. As importações de US$ 384,7 milhões foram 45% maiores, também comparadas a igual mês do ano passado. No acumulado do ano, as exportações baianas somaram US$ 5,35 bilhões com aumento de 20,4%. As importações também cresceram 51,7% e foram a US$ 4,21 bilhões, todos sobre a mesma base de comparação. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).

De acordo com vice-governador João Leão, secretário do Planejamento, mais uma vez os números trazem otimismo. “A crise provocada pela pandemia em nenhum momento nos paralisou. O Governo tem trabalhado incansavelmente para cuidar da saúde dos baianos e em paralelo tem feito grandes esforços para que a economia do estado se recupere e a consequência desse empenho é a evolução dos números, que mais uma vez demonstram a nossa reação diante desta crise”.

O efeito preço puxa as exportações desde o início do ano. Enquanto o índice de preços médios subiu no ano 32,6%, o de quantum caiu 9,2%. Já nas importações, houve queda nos preços médios (-2%), mas incremento nas quantidades, que subiram (55%) favorecidas por problemas de fornecimento no mercado interno e pela baixa base de comparação.

Em julho, os preços de exportação já subiram menos que a média do ano (19,1%), enquanto que o volume embarcado já registrou crescimento positivo de 1,25%. A redução na variação dos preços é normal, já que a demanda mundial tende a se normalizar, mas até agora com viés de alta, em consonância com as últimas previsões de crescimento para a economia mundial do Fundo Monetário Internacional (FMI), de 6% para 2021.

No atual momento, existe ao menos um “mini ciclo das commodities”, de dois anos na área agrícola, que poderá se estender em caso de frustrações de safra. Há uma mudança de degrau das cotações - que não vão ficar no nível atual para sempre, mas dificilmente retornarão aos patamares de anos atrás no curto prazo. Com isso, para os grãos, mesmo com o aumento de custos para safra 2021/22, deveremos ter área plantada maior, preços remuneradores e com margem positiva não só para 2021 como também para 2022. Muito provavelmente a lucratividade para o exportador será menor do que em 2021, mas mesmo assim positiva.
A indústria de transformação e extrativa puxada pelo desempenho dos derivados de petróleo e do setor químico/petroquímico teve aumento de 23,3% nas receitas em junho e de 23,1% nos embarques, ou seja, variação de preços quase nula. Apesar da pouca valorização, nesses setores, as exportações em julho sinalizaram um desempenho consistente no segundo semestre do ano.

Desde abril as vendas do setor têm tido ritmo constante de expansão, o que é notável devido aos muitos empecilhos ainda no caminho das vendas da indústria, como disparada dos fretes, dificuldade de conseguir despachar produtos em contêineres e escassez de insumos que ainda persiste em alguns segmentos. O câmbio desvalorizado também tem ajudado.
Uma mostra disso são as vendas para a Argentina, que vinham muito mal mesmo antes da pandemia e agora registram recuperação. A base de comparação é baixa, o que explica as altas taxas de crescimento, 41% no mês e 32,3% no ano, mas não deixa de ser um fator positivo.
A China permanece liderando como principal mercado para as vendas externas do estado com 32% de participação no ano e crescimento de 36%. É seguida por Singapura com 12,5% de participação e crescimento negativo de 10.4% e pelos EUA que estão com 11,5% de participação e crescimento alvissareiro de 22%.

Importações

As importações baianas foram de US$ 384,7 milhões no mês passado, com alta de 45% em comparação ao mesmo período de 2020. No acumulado do ano, as importações somaram US$ 4,21 bilhões, com crescimento de 51,7%. Apesar do efeito da base baixa de comparação, a maior demanda por bens importados acontece via recomposição de estoques pela indústria, em um ambiente de escassez interna de suprimentos e de reação ainda moderada na atividade econômica.
Em julho, as compras foram puxadas principalmente pelo aumento de 71,6%, dos bens intermediários, o que demonstra o grau de problemas encontrados principalmente pela indústria na aquisição de insumos no mercado interno. Destacaram-se nessa categoria as compras de minério de cobre (876%); fertilizantes (27,2%); grafita artificial (131,2%) e borracha natural (125%). Também cresceram as importações de combustíveis (+39,8%) com destaque para o GNL – Gás natural liquefeito (100%) e óleo diesel, também com crescimento de 100%.

Há ainda muita instabilidade nas importações em função da pandemia e é difícil saber se o movimento de alta nas compras externas irá se manter, haja vista a forte redução do crescimento de junho para julho. Mesmo com uma base muito baixa de comparação, o desempenho do ano, que vem sendo comandado pela alta dos combustíveis em 141,3%, ainda depende do câmbio e da recuperação da demanda doméstica, ditada pela pandemia.
Outro ponto que entrou no radar é o efeito da crise hídrica, que pode gerar maior importação de energia. Se a crise for mais profunda, pode afetar a retomada da economia como um todo, diminuindo a capacidade de absorção interna. Isso em tese, porque podemos também ter mais consumo com menos produção doméstica, o que resultaria em mais importação.

A corrente de comércio do estado, que demonstra o grau de integração da economia ao fluxo internacional, avançou 32,4% até julho, totalizando US$ 9,57 bilhões. Esse indicador é considerado importante, porque mede o dinamismo do comércio exterior do estado, bem como sua contribuição para o ritmo da atividade econômica. Já o saldo comercial do estado no período chegou a US$ 1,14 bilhão, resultado 31,8% inferior a igual período de 2020, resultado do avanço, este ano, proporcionalmente maior das importações – crescimento de 51,7%, do que das exportações (20,4%).

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