As repercussões negativas da segunda onda de Covid-19 sobre a atividade econômica brasileira parecem ter sido relativamente comedidas comparativamente àquelas da época da primeira onda. Ainda assim, suficientes para retardar qualquer processo sustentável de recuperação. No mercado de trabalho, a despeito dos resultados alvissareiros revelados pelos dados oficiais do Caged, não há como atestar, de forma irrestrita, que o ritmo de qualquer recuperação do emprego e da renda esteja alicerçado em forças estruturais suficientes para se sustentar e, muito menos, para se expandir com vigor – pelo menos, não no curto prazo.
Enfim, ainda que os impactos econômicos da segunda onda da Covid-19 estejam sendo menores do que os desencadeados pela primeira onda, não se pode fugir do entendimento de que as economias brasileira e baiana ainda enfrentarão uma conjuntura desfavorável, marcada por dificuldades em algumas atividades produtivas e no emprego. Afinal, apesar de ser um elemento determinante, o surto epidêmico da Covid-19 em território brasileiro não se constitui como única causa da fragilização da atividade econômica e da realidade social, visto que o vírus atingiu um país com um mercado de trabalho precarizado. É preciso compreender que o progresso econômico e a retomada do emprego e da renda não se darão de forma ampla, disseminada e veloz.
A conjuntura laboral baiana foi examinada neste boletim tendo por base os dados do Caged e da PNADC. O Boletim de Conjuntura do Mercado de Trabalho referente ao primeiro trimestre de 2021 pode ser acessado clicando aqui.