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Condições de Vida das Mulheres Baianas

                 

 

O levantamento da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) sobre as Condições de Vida das Mulheres Baianas analisou aspectos demográficos, educacionais e de mercado de trabalho com recorte de gênero. Para tanto, fez-se uso de indicadores construídos pelo órgão tendo como fonte de dados registros administrativos e pesquisa, num recorte temporal de sete anos, de 2012 a 2020.

Entre os destaques do estudo, revela-se aumento na escolaridade das mulheres no período, ampliação da participação de mulheres que se autodeclaram pretas na população total, manutenção da taxa de fecundidade total para nível abaixo da taxa de reposição da população com redução para o grupo de jovens de 15 a 19 anos e aumento para aquelas de 30 a 45 anos, além do envelhecimento populacional com maior presença feminina – que possuem maior expectativa de vida.

No mercado de trabalho, as mulheres seguiram com os menores rendimentos e taxa de desemprego superior, apesar da maior escolaridade. Para elas, o mercado de trabalho se tornou menos informal no período. No trabalho doméstico, setor que tem alta informalidade, elas continuaram sendo maioria. Estes e outros detalhes são apresentados a seguir.

As mulheres se revelaram a maior parcela da população do estado (51,7%, em 2012; e 52,6%, em 2020). A maioria delas se autodeclararam de raça/cor parda (62,7%, em 2012; e 58,2%, em 2020), apesar da redução percentual no período. Houve aumento na participação de autodeclaradas pretas, que eram 17,0% do total de mulheres em 2012 e passaram para 21,6%, em 2020.

Comparando os níveis de instrução, as mulheres possuem melhores níveis de escolaridade, com maiores participações nas faixas de 16 anos ou mais de estudo: na área urbana do estado, 7,8% das mulheres estavam nessa faixa em 2012, percentual que ampliou para 13,5% em 2020; e na área rural, o número de mulheres com 16 anos de estudo mais que dobrou, passando de 15 mil (0,8% do total das residentes), em 2012, para 39 mil (2,1% do total das residentes), em 2020. As baianas, na média, estão concebendo menos filhos (acompanhando uma tendência nacional) e postergando a fecundidade: as taxas de fecundidade total para o período oscilaram entre 1,68 e 1,69 filhos por mulher, abaixo do nível de reposição (2,1 filhos por mulher) e insuficiente para manter o quantitativo populacional no mesmo nível.

A força de trabalho baiana apresentou predominância de trabalhadores do sexo masculino no período analisado (2012 a 2020), apesar de se observar o inverso na população geral do estado. No último ano, dentre os 6,4 milhões de indivíduos

economicamente ativos, 3,6 pertenciam ao grupo formado pelo sexo masculino com 14 anos ou mais de idade (idade para trabalhar), e 2,8 milhões de pessoas integravam o correspondente ao sexo feminino. Há uma tendência de ampliação da participação das mulheres e, consequentemente, redução na contribuição dos homens Em 2012, da população na força de trabalho baiana, 42,6% eram mulheres. Esse percentual atingiu 44% no resultado parcial para o ano de 2020.  A taxa de desocupação para as pessoas do sexo feminino se revelou a mais alta do mercado de trabalho, comparando-se os gêneros, entre 2012 e 2020. Aumentou a distância dos índices entre os sexos, de 4.1 para 6.2 pontos percentuais. Em 2020, a taxa de desocupação feminina (23,2%) superou o índice masculino (17%), acirrando as desigualdades. Durante o ano atípico de 2020, os impactos no emprego foram sentidos pelos indivíduos de ambos os sexos. No primeiro trimestre de 2020, a taxa de desocupação para os homens era de 15,8% e atingiu 17,4% no terceiro trimestre. O respectivo índice para as mulheres passou de 22,3% para 24,9%. Mas, a razão entre os sexos não se alterou, permaneceu de 1,4, significa dizer que o desemprego feminino ainda supera o masculino em 40%.

A taxa de informalidade das mulheres, no período, é inferior a masculina. Em 2020, respectivamente, correspondiam à 44,6% e 55,5%. O menor grau de informalidade das mulheres ocupadas em relação aos homens ocupados, aliado à maiores taxas de desemprego, pode significar que as mulheres estão mais empenhadas em buscar um emprego formal que em lançar-se à informalidade.

O rendimento médio real dos vínculos ativos com jornada de 40 horas semanais delas corresponde à apenas 83% do rendimento deles com a mesma quantidade de horas trabalhadas onde elas predominam, na Administração Pública. No total do estado corresponde a 80%.

Seguem predominando as mulheres (90,5%, 270 mil), dentre os trabalhadores domésticos da Bahia. Nota-se que, entre 2012 e 2020 o contingente destes ocupados no estado se reduziu em cerca de 142 mil pessoas, saindo de 440 para 298 mil, sendo que destes, 233 mil não possuíam carteira de trabalho assinada.

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