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Vendas do varejo baiano recuam 6,6% em dezembro e fecham 2020 com queda de 4,3%

A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento, analisou a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – realizada em âmbito nacional –, divulgada nesta quarta-feira (10). Os resultados revelam que as vendas no comércio varejista baiano registraram, em dezembro de 2020, retração de 6,6% em relação a igual mês do ano passado. No acumulando do ano a taxa recuou 4,3%. Na análise sazonal, em relação ao mês imediatamente anterior, o varejo no estado baiano recuou em 4,3%.

O resultado registrado para o comércio varejista baiano em dezembro sinaliza para os efeitos do fim do auxílio emergencial, inflação em alta, e a incerteza de uma segunda “onda” de contaminação pelo coronavírus. Dado a expectativa para o seu encerramento e aumento no número de pessoas infectadas, os consumidores reduziram as suas compras, principalmente nas lojas físicas. Mesmo diante das festividades de final de ano, e da liberação do décimo terceiro, os consumidores não se sentiram influenciados para irem às compras. Além do mais muitos consumidores anteciparam as compras natalinas, dada a Black Friday verificada no mês de novembro.

Quando observado o comportamento do setor em 2020, verifica-se que as atividades mais comprometidas em razão da chegada do novo coronavírus e das medidas tomadas para evitar a sua disseminação foram os segmentos de Livros, jornais, revistas e papelaria (-41,6%) e Tecidos, vestuário e calçados (-28,8%). Em contrapartida, o segmento que registrou nesse ano o melhor desempenho foi Móveis e eletrodomésticos (14,6%) devido à adoção do auxílio emergencial e ao dinamismo do mercado de trabalho baiano.

Por atividade, em dezembro de 2020, os dados do comércio varejista do estado baiano, quando comparados aos de dezembro de 2019, revelam que dois dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo. Assim, o desempenho positivo nesse mês ficou por conta do segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9,5%), e Combustíveis e lubrificantes (1,5%). Nos demais segmentos, as variações foram negativas, são eles: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,7%), Móveis e eletrodomésticos (-3,0%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-5,5%), Tecidos, vestuário e calçados (-9,4%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-14,6%), e Livros, jornais, revistas e papelaria (-35,1%). No que diz respeito aos subgrupos, verificam-se que registraram variações negativas as vendas Hipermercados e supermercados, e Eletrodomésticos com taxas de 13,4%, e 8,0%, respectivamente. Enquanto móveis registrou variação positiva de 11,0%.

Os segmentos de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos e Combustíveis e lubrificantes foram responsáveis por atenuar a intensidade do recuo nas vendas do varejo baiano em dezembro. O primeiro teve seu negócio influenciado pelo efeito base, já que em igual mês do ano passado a taxa foi negativa em 3,4%, a manutenção da demanda por produtos que elevem a imunidade, dado o aumento de casos de infecção provocada pela covid-19, e a inflação, uma vez que houve uma desaceleração dos preços no grupo saúde e cuidados pessoais. De acordo com os dados do IBGE, nos meses de novembro e dezembro de 2020, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registraram variações de 0,45% e 0,31%, respectivamente, em Salvador/BA. Para o segundo, observam-se pelo quarto mês consecutivo variações positivas nas vendas. Nesse mês, o aquecimento nos negócios também pode ser atribuído a uma desaceleração nos preços dos combustíveis. O IPCA, em novembro e dezembro de 2020 foi de 9,84% e 1,18%, respectivamente.

Entretanto, o comportamento do setor na Bahia foi influenciado pelo desempenho de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e Tecidos, vestuário e calçados. A primeira atividade é considerada essencial, e exerceu o maior impacto negativo na formação da taxa global do comércio.  Enquanto a segunda foi comprometida com a disseminação do coronavírus, dada a necessidade da realização das vendas serem concretizadas de forma física.

 

Comércio varejista ampliado

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, apresentou retração de 4,7% nas vendas, em relação à igual mês do ano anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação foi negativa em 7,9%.

O segmento Veículos, motos, partes e peças registrou queda de 1,8% nas vendas em dezembro de 2020, em relação à igual mês do ano anterior. Apesar das incertezas quanto ao comportamento da atividade econômica no país provocada pela Covid – 19, o aquecimento dos negócios nesse mês pode ser atribuído às promoções de fim de ano. Para a análise dos últimos 12 meses a taxa foi negativa em 24,1%.

Em relação a Material de construção, as vendas no mês de dezembro foram positivas em 6,1%, na comparação com o mesmo mês de 2019. Esse comportamento é atribuído a uma demanda reprimida, mas que por conta do fim do auxílio emergencial, dá sinais de acomodação. Para o acumulado dos últimos 12 meses o crescimento foi de 9,6%.

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