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Em 2019, produção agrícola baiana alcançou R$ 19,3 bilhões

Com base nas informações da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), o valor da produção agrícola baiana foi estimado em R$ 19,3 bilhões, correspondendo a 45,5% da produção do Nordeste (R$ 42,4 bilhões). Em relação às lavouras temporárias, destaca-se o papel do algodão, com safra record de 1,5 milhão de toneladas em 332 mil hectares. O desenvolvimento vegetativo do grão foi beneficiado pelo retorno das chuvas ao longo de sua maturação. A Pesquisa Agrícola Municipal é realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2019, a produção baiana de grãos (cereais, oleaginosas e leguminosas) foi prejudicada pela irregularidade de chuvas no início do plantio da safra - o chamado “veranico” -, o que afetou, principalmente, os desempenhos das lavouras de soja e milho 1ª safra da região oeste. Com isso, o volume de grãos produzidos alcançou em torno de 8,4 milhões de toneladas, o que representou uma queda de 12,4% na comparação com a safra de 2018, cujo volume de 9,6 milhões de toneladas foi recorde na série histórica da pesquisa.

A produção estimada de mandioca correspondeu 648,4 mil toneladas, crescimento de 6,2% em relação à safra passada. Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE reestimou em 5,1 milhões de toneladas. A safra do cacau (113 mil toneladas) apresentou praticamente estabilidade frente a colheita 2018. A banana ficou em 828,2 mil toneladas (alta de 0,4%). A produção de uva também observou alta (18,9%) com 71,9 mil ton., assim como o mamão (390 mil ton., alta de 15,7%) e a manga (442,2 mil ton., alta de 16,9%).

O feijão, também teve variação positiva (38,7%) em relação à safra anterior, totalizando 179,6 mil toneladas numa área plantada de 465 mil hectares. O café encerrou o ciclo estimada em 180,2 mil ton. (queda de 27,5%), sendo o arábica projetado em 71,7 mil ton. e o canéfora, em 108,4 mil toneladas.

A soja ficou em 5,3 milhões de toneladas em área plantada de 1,6 milhão de hectares, ante 6,3 milhões do ano anterior (queda de 15,8%). O milho teve queda de 16,7% somando 1,9 milhão de toneladas.

 

Mais destaques-  Entre os municípios baianos o valor da produção está concentrado nos municípios do Território de Identidade da Bacia do Rio Grande. São Desidério gerou o maior valor de produção no período (R$ 3,1 bilhões contra 3,6 bilhões em 2018), seguido por Formosa do Rio Preto (R$ 2,1 bilhões), Barreiras (R$ 1,3 bilhão), Correntina (R$ 1,1 bilhão) e Luís Eduardo Magalhães (R$ 1,1 bilhão).   

Formosa do Rio Preto e São Desidério responderam por 48,0% do valor da produção de soja e por 53,6% do algodão no estado. Para o café destacam-se os municípios de Prado, Itamaraju e Barra do Choça, que responderam por 30,5% do valor de produção do café na Bahia. O milho foi principalmente produzido nos municípios de São Desidério (R$ 170,1 milhões), Correntina (R$ 133,8 milhões) e Paripiranga (R$ 109,2 milhões).

O valor da produção do cacau (R$ 1,1 bilhão) teve incremento de 15,7% em relação ao ano anterior, apesar da queda observada no volume produzido, e concentrou-se nos municípios de Ihéus, Ibirapitanga, Wenceslau Guimarães e Gandu. Juazeiro e Casa Nova foram os maiores produtores de manga (R$ 652,4 milhões), representando cerca de 75,0% do valor gerado no estado. Em relação ao ano anterior, o IBGE estimou um aumento de 54,3% no valor de produção da fruta. Também esses municípios foram responsáveis pela quase totalidade do valor da produção de uva (R$ 279,6 milhões).

Apesar de ser uma cultura bastante difundida no estado, cerca de 45,0% do valor da produção estadual do feijão (R$ 438,7 milhões) esteve concentrado nos municípios de São Desidério (R$ 48,2 milhões), Euclides da Cunha (R$ 46,1 milhões), Formosa do Rio Preto (R$ 40,2 milhões) Barreiras (R$ 37,2 milhões) e Luís Eduardo Magalhães (R$ 30,2 milhões).

O valor da produção agrícola nacional atingiu a cifra recorde de R$ 361,0 bilhões em 2019, superando em 5,1% o resultado de 2018. A alta decorreu do desempenho dos grãos (6,8%), cujo valor total chegou a R$ 212,6 bilhões, com destaque para o feijão (33,6%), milho (26,3%) e algodão (24,8%). A safra recorde de grãos do país em 2019 superou em 6,8% a produção de 2018, totalizando 243,3 milhões de toneladas.

A soja foi responsável por 59,1% do valor de produção dos grãos, totalizando R$ 125,6 bilhões, mas caiu 1,8% em relação a 2018. Em termos de volume, a commodity teve queda de 3,1%, no período, devido a fatores climáticos adversos em regiões produtoras importantes. Já a produção de algodão herbáceo (6,9 milhões de toneladas) atingiu maior volume da série histórica, crescendo pelo terceiro ano consecutivo (39,1%), e teve valor de produção de R$ 16 bilhões, alta de 24,8% na comparação com 2018. Por conseguinte, o Brasil tornou-se o segundo maior exportador mundial, superado apenas pelos Estados Unidos (EUA). Mato Grosso e Bahia respondem por 89,2% do total da produção.

O Centro-Oeste alcançou o maior valor de produção agrícola do país, R$ 107,9 bilhões, superando em 12,2% o ano anterior, tendo a soja, o milho e a cana-de-açúcar como principais lavouras. O maior produtor da região foi o estado do Mato Grosso, que respondeu por 54,1% do valor regional e gerou R$ 58,4 bilhões.

Entre os municípios brasileiros, o maior valor de produção foi registrado por Sorriso (MT) (R$ 3,9 bilhões), equivalente a 1,1% do valor de produção agrícola do país, sendo o maior produtor de soja e de milho do país. Sapezal, também no Mato Grosso, foi o que mais produziu algodão herbáceo e ocupou a segunda colocação no ranking nacional com R$ 3,4 bilhões.

O município baiano de São Desidério ficou na terceira posição, na produção agrícola do país com valor de R$ 3,2 bilhões, uma queda de 12,4% em relação a 2018, quando havia sido o município com maior geração de valor da produção agrícola no país. Em 2019, foram produzidas, em seu território, 592,7 mil toneladas de algodão em caroço (valor de R$ 1,5 bilhão), o segundo maior produtor nacional. A produção local de soja recuou 19,0%, com valor de R$ 1,4 bilhão, e a do milho teve queda de 39,6%, com valor de produção de R$ 170,2 milhões.

A produção de milho e soja, sobretudo no oeste baiano, foi marcada por fatores climático adversos que afetaram os resultados da produção local desses grãos.  Com isso, a Bahia gerou um valor de R$ 19,3 bilhões (queda de 1,5%), correspondendo a 45,5% da produção do Nordeste (R$ 42,4 bilhões). Em relação ao valor da produção nacional, o estado ocupou a sétima posição com participação de 5,4% do total. Em 2018, essa participação havia sido de 5,7%.

A soja respondeu por 30,6% do valor da produção do estado em 2019, somando R$ 5,7 bilhões, uma queda de 16,8% em relação ao ano anterior. Em seguida veio o algodão (R$ 3,8 bilhões) com alta de 5,8% e participação de 19,1% no total estadual, alcançando, no período, uma safra recorde de 1,5 milhão de toneladas e consolidando a Bahia como segundo maior produtor nacional. A terceira posição ficou com o cacau (R$ 1,2 bilhão), seguido pelo café (R$ 961 milhões), milho (R$1,0 bilhão) e banana (R$ 911,8 milhões).

 

 

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