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Em maio, comércio varejista baiano registra queda de 16,6 %

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As vendas do comércio registraram taxa negativa de 16,6% em relação a igual mês do ano passado. No período, o ritmo de queda foi intensificado se comparado ao mês imediatamente anterior (-13,1%). A variação apresentada pelo estado seguiu a mesma tendência do varejo nacional que também intensificou a retração em -9,0%, em relação à mesma base de comparação, quando no mês imediatamente anterior a taxa foi negativa em 6,9%. Na análise sazonal, o comércio varejista no estado baiano se manteve em queda (-1,9%). Os dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em âmbito nacional, e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.

A redução das vendas na Bahia ocorre em um cenário de comprometimento da atividade econômica, apesar do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getúlio Vargas avançar 3,5 pontos em abril e maio, ao passar de 64,4 para 67,9 pontos. Esse comportamento das vendas no comércio revela que o setor ainda não foi sensibilizado por essa melhora nos níveis de confiança, já que as condições financeiras ocasionadas pelas altas taxas de juros, inflação elevada, restrição ao crédito e a retração no mercado de trabalho continuam influenciando o comportamento do setor.

 

DESEMPENHO DO VAREJO POR RAMO DE ATIVIDADE

Os dados do comércio varejista do estado da Bahia, quando comparados a maio de 2015, revelam que todos os oito segmentos que compõem o Indicador do Volume de Vendas registraram comportamento negativo. Listados pelo grau de magnitude das taxas em ordem decrescente, têm-se: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-11,0%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-12,8%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-12,8%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-16,4%); Combustíveis e lubrificantes (-19,7%); Móveis e eletrodomésticos (-20,8%); Tecidos, vestuário e calçados (-21,6%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-23,8%). No que diz respeito aos subgrupos, verifica-se que o de eletrodomésticos registrou variação negativa de 24,3%, móveis de 12,1%, e Hipermercados e supermercados de 9,1%, respectivamente.

Quanto aos segmentos que mais influenciaram o comportamento negativo das vendas na Bahia, têm-se, por ordem decrescente a repetição do mês imediatamente anterior: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; Combustíveis e lubrificante; e Móveis e eletrodomésticos.

Em maio, a atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, segmento de maior peso para o Indicador de Volume de Vendas do Comércio Varejista foi responsável pela maior influência negativa na formação da taxa do varejo. A queda nesse mês é a décima terceira consecutiva, sendo a mais intensa desse período.  A elevação dos preços no grupo afeta negativamente a renda real, reduzindo o poder de compra da classe trabalhadora sobre os bens do segmento. A maior intensidade na queda para esse segmento no estado reflete muito provavelmente a mudança de hábitos dos baianos, ao adotarem como alternativas a compra em feiras de bairros ou ainda a realização de compras em estabelecimentos informais.

Combustíveis e lubrificantes exerceu, na Bahia, o segundo maior peso para a queda verificada nas vendas. Esse comportamento continua sendo atribuído ao menor ritmo da atividade econômica e ao  menor poder de compra da população, além da elevação dos preços dos combustíveis acima da inflação no acumulado dos últimos 12 meses, bem como a redução na compra de carros novos.

O terceiro a contribuir negativamente para o comportamento das vendas na Bahia foi Móveis e eletrodomésticos. Esse comportamento reflete não somente a queda na renda disponível, a seletividade do crédito, mas também a elevada das taxas de juros e à redução de movimento das vendas decorrentes da comemoração do Dia das Mães, se comparado a maio de 2015. Quando observado o comportamento do segmento nos meses anteriores, constata-se que desde janeiro de 2015, o volume de vendas para a atividade vem sendo negativo.

 

COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO

 

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou, em maio, decréscimo nas vendas  de 15,3%, em relação a igual mês do ano anterior. Nos últimos 12 meses, a retração no volume de negócios foi de 11,6%.

O segmento de Veículos, motos, partes e peças registrou variação negativa de 13,2%, em relação a igual mês do ano anterior. Essa queda continua refletindo o crédito mais seletivo por parte das financeiras, além do comprometimento da renda familiar, diante da desaceleração do crescimento real da massa de salários e da incerteza sobre o cenário econômico nos próximos meses. Em relação ao segmento Material de Construção, também se observa queda nas vendas no mês de maio (-11,9%), quando comparado ao mesmo mês do ano de 2015. Esse comportamento também continua sendo justificado pelo menor ritmo da atividade econômica.

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