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As vendas do varejo baiano registraram retração de 2,2% no mês de novembro de 2023 frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal – enquanto o cenário nacional apresentou estabilidade (0,1%). Em relação a igual mês do ano anterior, as vendas na Bahia expandiram 4,0%, sendo o décimo terceiro mês consecutivo positivo e sétimo melhor resultado do país. No Brasil, na mesma base de comparação, as vendas expandiram em 2,2%.

No acumulado do ano, as variações também foram positivas em 5,0% e 1,7%, respectivamente, nos âmbitos estadual e federal. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.

Em novembro, a retração verificada nas vendas na comparação ao mês de outubro/2023 resulta de uma suave queda no Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas que cedeu 0,2%. Esse comportamento impactou negativamente na Black Friday nesse ano. Já em relação ao ano anterior, a expansão nas vendas do varejo em novembro revela que o setor segue influenciado por fatores positivos como a pressão atenuada dos preços, a despeito dos juros ainda permanecerem em patamar elevado, e queda do nível de endividamento. Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em novembro/2023 houve redução do número de famílias endividadas chegando a 76,6% das famílias.

Outro aspecto a ser ressaltado é o aumento do emprego. De acordo com os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), no mês de novembro de 2023, a Bahia gerou 7.374 postos de trabalho com carteira assinada. Assim, com a resilência do mercado de trabalho, programas voltados para a quitação de dívidas e deflação dos preços dos produtos, o estímulo para o aumento do consumo deve continuar.

Por atividade, em novembro de 2023, os dados do comércio varejista do estado baiano, quando comparados aos de novembro de 2022, revelam que cinco dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo. O crescimento nas vendas foi verificado nos segmentos de Combustíveis e lubrificantes (9,3%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,2%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,7%), Tecidos, vestuário e calçados (3,9%) e Móveis e eletrodomésticos (0,1%). Os demais apresentaram comportamento negativo, são eles: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,8%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-23,1%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-43,6%).

Na série sem ajuste sazonal, o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, Combustíveis e lubrificantes e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos exerceram as maiores influências positivas para o setor. O comportamento do primeiro é atribuído à deflação verificada no grupo de alimentos e bebidas, de acordo com os dados do IBGE.

Combustíveis e lubrificantes volta a registrar crescimento nas vendas. O seu comportamento foi influenciado pela queda verificada nos preços dos combustíveis, principalmente para os preços da gasolina, que registrou deflação de 3,57% de acordo com o IPCA de novembro, bem como o efeito base, uma vez que em igual período do ano anterior houve expansão de 19,0%.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos foi o terceiro com maior influência para as vendas no setor. O seu comportamento se justifica pela deflação verificada nos bens de alguns produtos comercializados pela atividade e em função do efeito renda, uma vez que houve aumento do emprego.

 

COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO

O comércio varejista ampliado denominado de Atacado Selecionado e Outros e que inclui o varejo restrito e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças, Material de construção e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou expansão de 6,2% nas vendas, em relação à igual mês do ano anterior. No acumulado dos últimos 12 meses houve crescimento de 1,5%.

O segmento Veículos, motos, partes e peças registrou taxa positiva de 11,6% nas vendas em relação à igual mês do ano anterior. Nesse mês de novembro, as vendas no segmento se intensificaram, refletindo o lançamento de novos modelos, a disponibilidade do crédito e a base de comparação deprimida em relação a novembro de 2022. Para a análise dos últimos 12 meses a taxa foi negativa em 4,1%.

Em relação a Material de construção, a expansão nos negócios foi de 28,5% na comparação com o mesmo mês de 2022. Esse movimento é atribuído ao efeito base, pois em igual mês do ano passado a taxa foi negativa em 9,8%, ao arrefecimento dos preços dos produtos comercializados no ramo, geração de emprego e elevação real da massa salarial. Para o acumulado dos últimos 12 meses houve expansão de 7,9%.

Quanto ao segmento de Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo foi registrado expansão de 6,0%. O crescimento verificado nas vendas nesse segmento se deve ao efeito da atenuação da inflação. Para o acumulado do ano a taxa foi negativa em 5,2%.

Fonte: Ascom/SEI
Data: 17/01/24

 

Em novembro, o volume de serviços na Bahia, na comparação com outubro, retraiu 0,6%, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Na comparação com novembro de 2022, o setor cresceu 6,0%.

Na comparação mensal, a Bahia não acompanhou o comportamento da média nacional (0,4%) e perdeu parte da expansão de 1,5% registrada no mês de outubro. Entre os onze resultados apresentados no ano de 2023, essa é a quinta queda registrada para esse tipo de comparação.

Na comparação com novembro de 2022, o crescimento de 6,0% foi puxado por todas as cinco atividades pesquisadas, com destaque para Serviços profissionais, administrativos e complementares (17,1%), que contabilizou a variação mais expressiva, Serviços de informação e comunicação (6,3%), Serviços prestados às famílias (3,6%), Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,9%) e Outros serviços (1,5%). Nessa análise, cabe destacar que o resultado da Bahia é superior à média nacional (-0,3%).

Na comparação com o acumulado dos onze primeiros meses do ano de 2022, o setor expandiu 6,9%. Todas as cinco atividades puxaram o volume de serviços para cima, com destaque para as atividades de Serviços de informação e comunicação (12,8%), seguida por Serviços profissionais, administrativos e complementares (8,9%), Serviços prestados às famílias (8,2%), Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,2%) e Outros serviços (2,0%). Nessa análise cabe também destacar que o resultado da Bahia é superior à média nacional (2,7%).

Já no acumulado dos últimos doze meses, em relação ao mesmo período anterior, o setor ampliou 6,7%, e todas as cinco atividades cresceram, com destaque para Serviços de informação e comunicação (11,3%), Serviços prestados às famílias (7,5%), Serviços profissionais, administrativos e complementares (7,3%), Outros serviços (5,6%) e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (5,0%). Mais uma vez o resultado da Bahia é superior à média nacional (3,0%).

 O volume das atividades turísticas caiu 7,0% em novembro de 2023 na Bahia

Em novembro de 2023, o índice de atividades turísticas no Brasil caiu 2,4% ante o mês imediatamente anterior, segundo resultado negativo consecutivo, período em que registrou uma perda acumulada de 3,4%. Em termos regionais, dez dos 12 locais pesquisados acompanharam esse movimento de queda verificado na atividade turística nacional. Nessa comparação, a Bahia (-7,0%) apontou a segunda variação negativa mais expressiva entre os locais.

No volume das atividades turísticas, quando comparado com o mês de novembro do ano anterior, o Brasil apresentou expansão de 2,8%. Em termos regionais, sete dos 12 locais pesquisados mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo. Nessa comparação, a Bahia (1,8%) apontou a quinta variação positiva mais expressiva.

O agregado especial de atividades turísticas no Brasil cresceu 7,5%, nos onze primeiros meses do ano de 2023, frente a igual período de 2022. Em termos regionais, todos os doze locais investigados também registraram taxas positivas. Nessa análise, cabe destacar que a Bahia (12,6%) apontou a segunda variação positiva mais expressiva e superior à média nacional.

O agregado especial de atividades turísticas no Brasil cresceu 7,9%, nos últimos doze meses, frente a igual período do ano anterior. Em termos regionais, todos os doze locais investigados também registraram taxas positivas. Nessa análise cabe destacar, que a Bahia (11,8%) apontou a segunda variação positiva mais expressiva entre os locais e superior à média nacional.

Acesse o boletim completo.

Fonte: Ascom/SEI
Data: 16/01/24


Em novembro de 2023, a produção industrial (transformação e extrativa mineral) da Bahia registrou aumento de 2,7% frente ao mês imediatamente anterior, após ter registrado avanço em outubro com taxa de 8,9%. Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou aumento de 8,4%. No período de janeiro a novembro de 2023, o setor industrial acumulou taxa negativa de 2,4% e no indicador acumulado dos últimos 12 meses declinou 3,0% em relação ao mesmo período anterior. As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisadas pela Coordenação de Acompanhamento Conjuntural da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

 Na comparação de novembro de 2023 com igual mês do ano anterior, a indústria baiana apresentou aumento de 8,4%, com seis das 11 atividades pesquisadas assinalando avanço da produção. O segmento de Derivados de petróleo (35,1%) exerceu a principal influência positiva no período, explicada especialmente pela maior fabricação de gasolina e óleo diesel. Outros resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Produtos alimentícios (5,0%), Borracha e material plástico (7,0%), Extrativa (5,3%), Bebidas (5,7%) e Couro, artigos para viagem e calçados (5,4%). Por sua vez, o segmento Produtos químicos (-13,5%) apresentou a principal contribuição negativa no período, devido, principalmente, à queda na fabricação de etileno não-saturado e polietileno linear. Outros segmentos com recuo na produção foram: Metalurgia (-18,5%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-27,2%), Celulose, papel e produtos de papel (-3,9%) e Minerais não metálicos (-5,9%).

 No acumulado de janeiro a novembro de 2023, comparado com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana registrou queda de 2,4%. Sete dos 11 segmentos da Indústria geral contribuíram para o resultado, com destaque para o segmento Extrativo (-23,9%) que registrou a maior contribuição negativa, devido à queda na produção de óleos brutos de petróleo, gás natural e magnésia, óxidos de magnésio e carbonato de magnésio natural. Outros segmentos que registraram decréscimo foram: Produtos químicos (-10,3%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-21,0%), Celulose, papel e produtos de papel (-5,9%), Metalurgia (-4,5%), Borracha e material plástico (-2,3%) e Minerais não metálicos (-6,0%). Por sua vez, o segmento de Produtos alimentícios (12,7%) exerceu a principal influência positiva no período, explicada especialmente pela maior fabricação de açúcar cristal, carne de bovinos, óleo de soja refinado, leite em pó e farinha de trigo. Outros resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Derivados de petróleo (0,9%), Couro, artigos para viagem e calçados (6,7%) e Bebidas (2,0%).

No indicador acumulado dos últimos 12 meses, comparado com o mesmo período anterior, a produção industrial baiana registrou queda de 3,0%. Sete segmentos da Indústria geral contribuíram para o resultado, com destaque para a Extrativa (-23,8%) que registrou a maior contribuição negativa. Outros segmentos que registraram decréscimo foram: Produtos químicos (-11,0%), Derivados de petróleo (-0,3%), Metalurgia (-6,7%), Celulose, papel e produtos de papel (-4,8%), Borracha e material plástico (-2,9%) e Minerais não metálicos (-5,3%). Por outro lado, os resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Produtos alimentícios (11,9%), Couro, artigos para viagem e calçados (7,2%) e Bebidas (2,2%).

Comparativo regional

O crescimento da produção industrial nacional, com taxa de 1,3%, na comparação entre novembro de 2023 com o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhado por 12 dos 17 estados pesquisados, destacando-se as principais taxas positivas assinaladas por Paraná (21,2%), Espírito Santo (18,5%) e Goiás (16,6%). Por outro lado, Amazonas (-10,3%), Rio Grande do Sul (-4,4%) e Rio Grande do Norte (-2,8%) registraram as principais variações negativas nesse mês.

 No período de janeiro a novembro de 2023, 10 dos 17 locais pesquisados registraram taxa positiva, com destaque para os avanços mais acentuados em Rio Grande do Norte (12,2%), Espírito Santo (9,4%) e Mato Grosso (5,4%). Por sua vez, Ceará (-5,8%), Rio Grande do Sul (-4,4%) e Maranhão (-3,4%) registraram as menores taxas no período.

Confira o boletim no site na SEI.

Foto: Imagem meramente ilustrativa.

 

Fonte: Ascom/SEI

Data: 12/01/24

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativo ao mês de dezembro de 2023, com dados sistematizados e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), estima uma produção de cereais, oleaginosas e leguminosas de 12,1 milhões de toneladas (t), o que representa um avanço de 6,9% na comparação com a safra de 2022 – que foi o melhor resultado da série histórica do levantamento para o conjunto de produtos pesquisados.

As áreas plantada e colhida estão estimadas em 3,53 milhões de hectares (ha), com avanço de 4,5% em relação à safra de 2022. Dessa forma, o rendimento médio esperado (3,44 t/ha) da lavoura de grãos no estado é 2,3% maior na mesma base de comparação.

A produção de algodão (caroço e pluma) está estimada em 1,74 milhão de toneladas, que representa expansão (29,1%) em relação ao ano passado. A área plantada com a fibra aumentou 25,4% para 364 mil hectares em relação à safra de 2022.

O volume de soja a ser colhido pode alcançar 7,57 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 4,5% sobre o verificado em 2022. A área plantada com a oleaginosa no estado ficou projetada em 1,9 milhão de hectares. As duas safras anuais do milho, estimadas pelo IBGE, podem alcançar 3,09 milhões de toneladas, o que também representa crescimento de 8,9% na comparação anual. Com relação à área plantada, houve queda de 0,3% em relação à estimativa da safra anterior de 700 mil hectares. A primeira safra do cereal está projetada em 2,35 milhões de toneladas, 7,3% acima do que foi observado em 2022. Já o prognóstico para a segunda safra é de um avanço de 14,6% em relação à colheita anterior, totalizando 745 mil toneladas.

A lavoura do feijão pode sofrer um recuo de 2,1%, na comparação com a safra de 2022, totalizando 239 mil toneladas. O levantamento manteve a estimativa de 417 mil hectares plantados, a mesma observada no ano anterior. Estima-se que a primeira safra da leguminosa (143,5 mil toneladas) seja 1,4% inferior à de 2022, e que a segunda safra (95,3 mil toneladas) tenha uma variação negativa de 3,1%, na mesma base de comparação.

Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estimou produção de 5,47 milhões de toneladas, revelando queda de 2,3% em relação à safra 2022. A estimativa da produção do cacau, por sua vez, ficou projetada em 120 mil toneladas, apontando uma queda de 4,8% na comparação com a do ano anterior.

Em relação ao café, está prevista a colheita de 247 mil toneladas este ano, 5,6% acima do observado no ano passado. A safra do tipo arábica está projetada em 100,7 mil toneladas, com variação anual de 0,2%. Por sua vez, a safra do tipo canéfora teve previsão de 145,9 mil toneladas, 9,7% acima do nível do ano anterior. As estimativas para as lavouras de banana (913,8 mil toneladas), laranja (634,3 mil toneladas) e uva (65,6 mil toneladas), por sua vez, registraram, respectivamente, variações de 1,0%, -2,9% e 7,8%, em relação à safra anterior. O levantamento ainda indica uma produção de 938,3 mil toneladas de mandioca, 9,6% superior à de 2022. A produção de batata-inglesa, estimada em 331,8 mil toneladas, apresenta recuo de 6,3%; e a do tomate, estimada em 179,6 mil toneladas, aponta alta de 0,9% na comparação com a do ano anterior.

Confira o boletim no site na SEI.

Imagem meramente ilustrativa.

Fonte: Ascom/SEI
Data: 10/01/24

Diferente do resultado nacional, que a despeito da redução dos preços teve suas exportações impulsionadas pela quantidade recorde exportada, as vendas externas baianas tiveram um recuo de 18,9% no comparativo anual. O resultado foi puxado por uma queda de 11,8% nos preços como também pela redução no volume embarcado em 8%, principalmente de derivados de petróleo, que liderou as vendas externas baianas em 2022. No acumulado do ano, as vendas externas do estado alcançaram US$ 11,29 bilhões, bem abaixo dos US$ 13,92 bilhões do ano anterior.

No mês de dezembro, as exportações alcançaram US$ 1,07 bilhão, com crescimento de 6,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior (até então, apenas em fevereiro as exportações tiveram incremento mensal em relação a 2022). As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Depois de baterem recorde no ano passado, após o início da guerra no leste europeu, as commodities recuaram em 2023, com redução na demanda global fruto da desaceleração da economia mundial e das incertezas geradas pela fragmentação geoeconômica. Apesar da reação nas cotações do petróleo e de outras commodities nos últimos meses, os preços médios do setor de refino recuaram 19,7% no ano no comparativo interanual, enquanto que o volume embarcado caiu 21,4%.

Na liderança da pauta baiana de exportação, o volume embarcado do segmento de soja e derivados cresceu apenas 0,82%, enquanto que as receitas registraram recuo de 10,3%, todos no comparativo anual. No balanço de 2023, o setor agropecuário somou US$ 4,65 bilhões em exportações, com uma redução de 7% quando comparado a 2022, a despeito da  safra recorde de grãos prevista no ano no estado.

Os produtos com maior crescimento nas exportações agropecuárias foram frutas (+46,5%) e milho (+57%). Em valores absolutos, o destaque é a soja e seus derivados, cujas exportações representaram 66,2% do total das vendas do setor.

 

Na indústria de transformação, as vendas despencaram 29,8%, alcançando US$ 5,33 bilhões em 2023. Os dois carros chefes do setor (refino e petroquímica) tiveram desempenhos muito abaixo do esperado. A queda no volume embarcado de derivados de petróleo no ano chegou 21,4% e as receitas caíram 36,8% a US$ 2,43 bilhões. Já o setor químico/petroquímico registrou recuo de 35,6% a US$ 977 milhões com queda também no quantum de 20,2%. O setor está vivendo em 2023 o seu pior momento em duas décadas. A crise econômica na Argentina, segundo principal destino das manufaturas baianas, também deu sua contribuição no recuo das exportações dessa categoria.

A indústria extrativa registrou a menor queda dentre os setores de atividade com um decréscimo de 0,85%, chegando a US$ 1,22 bilhão em exportações. A alta se restringiu aos metais preciosos (12,6%). No caso dos minerais, a quantidade exportada caiu 22,3%, e os valores exportados também diminuíram 12,4%. Os preços subiram 12,8%, puxados principalmente pelos estímulos para a economia chinesa.

Mesmo com uma queda de 4,1% no comparativo anual, a China permaneceu como principal destino dos produtos da Bahia. Essa redução foi motivada pelo fator preço, já que o volume embarcado caiu apenas 2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A participação da China nas exportações baianas em 2023 foi de 28,4%.

 

IMPORTAÇÕES

As importações baianas em 2023 tiveram queda de 25%, somando US$ 8,51 bilhões, reflexo do processo de desaceleração da demanda doméstica, com redução de importação em todas as categorias de uso, com exceção dos bens de capital, que tiveram suave crescimento de 0,08% no comparativo anual.

A queda de importações, muito acima das exportações, é sinal de uma economia com baixo dinamismo, menos disposta a importar matérias primas, equipamentos e outros insumos produtivos. A atividade econômica interna concentrada no agronegócio e com pouca atividade industrial fez com que as importações diminuíssem além do esperado. Nas importações, quem pesa é a indústria de transformação. Como ela recuou, recuaram também as compras do exterior.

A queda das compras externas no ano, na comparação interanual, foi puxada pela menor compra de combustíveis (-29,4%) e bens intermediários (-24,6%), além de pelos preços menores, que se contraíram 20,1% e, em menor proporção, pela redução do volume desembarcado em 6,2%. Houve também movimentos atípicos de substituição de importações por maior oferta doméstica de alguns produtos, como o trigo, que teve redução nas compras em 40%

O saldo comercial do estado cresceu 8,3%, alcançando US$ 2,78 bilhões, favorecido pela redução maior das importações do que as exportações. Por sua vez, a corrente de comércio, soma de exportações e importações e considerado o principal indicador da dinâmica do comércio exterior, alcançou US$ 19,8 bilhões, com queda de 21,7% no comparativo interanual.

 

Fonte: Ascom/SEI
Data: 09/01/24

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