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Ainda que atingindo maior valor do ano, exportações baianas recuam 14% em outubro

 

Mesmo batendo seu recorde anual ao atingir US$ 764,5 milhões em outubro, as exportações baianas permaneceram em queda – pelo terceiro mês consecutivo – quando comparadas a 2019. No antepenúltimo mês de 2020, as exportações baianas ficaram 14% inferiores a igual mês do ano passado, ainda que o volume embarcado tenha crescido 9% a 1,34 milhão de toneladas, puxado pelo fôlego da agroindústria e pelo setor metalúrgico. As importações permaneceram em queda, como de resto durante todos os meses de 2020, com recuo de 36,2% a US$ 441 milhões na mesma base de comparação. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).

Mais uma vez, foi determinante para a queda das exportações, o recuo nos preços médios dos produtos vendidos ao exterior, que em outubro atingiram (-21,1%), comparados a outubro de 2019. O volume embarcado com alta de 9% sustentou o ritmo em diversos segmentos, que se beneficiaram do câmbio desvalorizado e ampliaram suas vendas, como o complexo soja com incremento de 27,8%; papel e celulose (27,6%); metalúrgicos (16,3%), dentre os mais importantes.

As exportações, por outro lado, segue se beneficiando do crescimento da China – cujos embarques cresceram 36,7% em volume e 7% nas receitas no mês passado. O aumento da demanda do país asiático tem impulsionado até a alta de preços, em alguns segmentos como soja, celulose e minério de ferro. O desafio permanece na queda dos embarques de produtos manufaturados (-55% em outubro), que pode recrudescer ainda mais com a segunda onda de covid-19 na Europa e nos EUA, maiores mercados para o setor, além do fator Argentina, que tem uma crise doméstica a vencer.

As importações se mantêm em queda/estagnadas, mas devem paulatinamente ir reduzindo as perdas, no embalo da gradual retomada da atividade doméstica, embora o real desvalorizado e a menor demanda por combustíveis limitem a recuperação.

Com exceção dos bens de consumo, que subiram 14,4% em outubro, comparado ao mesmo mês do ano passado, todas as demais categorias registraram quedas, com destaque para a redução de 86% nas compras de combustíveis e de 38,2% na de bens intermediários.

Com o resultado de outubro, a balança comercial da Bahia acumula um superávit de US$ 2,5 bilhões em 2020, alta de 154,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações somam US$ 6,35 bilhões com recuo de 8,2% e as importações em US$ 3,85 bilhões com queda de 35,1%, muito superior ao das exportações. A corrente de comércio, medida do dinamismo comercial e da integração ao mercado internacional, atingiu no período US$ 10,2 bilhões com retração de 20,6%.

 

Balança comercial
Bahia
Jan./Out.- 2019/2020

       (Valores em US$ 1000 FOB)

Discriminação

2019

2020

Var. %

Exportações

6.915.096

6.348.827

-8,19

Importações

5.932.040

3.847.926

-35,13

Saldo

983.056

2.500.901

154,40

Corrente de comércio

12.847.136

10.196.753

-20,63

Fonte: MDIC/Secex, dados coletados em 9/11/2020
Elaboração: Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI)
Obs.: importações efetivas, dados preliminar

 

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