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Indústria baiana tem maior tombo desde maio/20 exportações embaladas por valorização de commodities crescem em março; infraestrutura tem novos marcos com leilão da Fiol e garantia financeira dada pelo Estado para a ponte Salvador-Itaparica

Segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE, na passagem de janeiro para fevereiro, a indústria da Bahia registrou queda de 5,8%. Já na comparação com fevereiro de 2020, a retração foi de 20,9% – a maior para a indústria baiana desde maio do ano passado, quando recuou 21,4%. O fechamento da fábrica da Ford na Bahia provocou, ainda, o pior resultado regional do indicador acumulado nos dois primeiros meses do ano, também na comparação com igual período do ano passado    (-18%). O encerramento da produção da Ford no Brasil gerou um efeito dominó na economia baiana, que se reflete em diversos setores. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).

Já as exportações baianas totalizaram US$ 683,5 milhões em março, com aumento de 0,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Nos primeiros três meses do ano, o estado acumula US$ 1,75 bilhão, com queda de 6,6% sobre o mesmo período de 2020. A elevação dos preços das commodities e a desvalorização do real contribuíram para melhorar o desempenho exportador em março.

O trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol 1), que vai de Ilhéus a Caetité, na Bahia, foi arrematado em proposta única por R$ 32.7 milhões pela Bahia Mineração S/A (Bamin) dia 8. A disputa aconteceu na sede da B3, em São Paulo. A Bamin ficará responsável pela finalização do empreendimento e pela operação do trecho, em uma concessão que vai durar 35 anos, totalizando R$ 3,3 bilhões de investimentos. Desse total, R$ 1,6 bilhão será utilizado para a conclusão das obras, que estão com 80% de execução. Além disso, a subconcessão da Fiol vai permitir a criação de 55 mil empregos diretos, indiretos e efeito-renda ao longo da concessão.

 O governo do estado depositou R$ 250 milhões, no Fundo Garantidor para Construção da Ponte Salvador-Itaparica (Sistema Viário Oeste). A quantia faz parte do compromisso firmado no contrato que prevê a implementação do projeto de Parceria Público-Privada (PPP). Com quase 12,5 quilômetros de extensão, o equipamento terá investimento de R$ 5,4 bilhões e aporte total do Estado de R$ 1,5 bilhão, sendo destinado a ser a maior ponte sobre lâmina d’água da América Latina. As obras devem começar no final de 2021, com duração de quatro anos. Durante a construção, estima-se que oito mil novos empregos sejam gerados.

 O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (Iceb), índice que avalia as expectativas do setor produtivo do estado, calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), apresentou, em março, um quadro de menor confiança comparativamente ao observado no mês anterior. Com este recuo, o terceiro após sete altas mensais consecutivas, o pessimismo aumentou e a confiança empresarial se afastou mais um pouco da trajetória de recuperação iniciada em junho passado.

 Os detalhamentos dos setores, destacando alguns fatores que podem afetar as atividades de cada um, podem ser acessados no boletim completo no site da SEI clicando aqui!

 

Exportações baianas cresceram 0,7% em março

As exportações baianas totalizaram US$ 683,5 milhões em março, com aumento de 0,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Nos primeiros três meses do ano, o estado acumula US$ 1,75 bilhão, com queda de 6,6% sobre o mesmo período de 2020. Já as importações ficaram no mês passado em US$ 612 milhões, aumento de 31,7% na mesma base de comparação. No trimestre, as importações baianas alcançaram US$ 1,70 bilhão, crescimento de 22,4% sobre igual período do ano passado. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).

As exportações em março foram beneficiadas pelo aumento das vendas de produtos químicos (33,2%), soja (38,1%), produtos metalúrgicos (82,6%), minerais (171,7%) e algodão (154,5%).  Já as importações, cujo aumento interanual foi de 31,7%, se recuperaram em relação ao padrão sazonal, embora o aumento tenha sido mais concentrado na categoria de combustíveis, cujo aumento chegou a 61,3%, principalmente de nafta. Os bens intermediários também cresceram 32,3%. Esse aumento reflete a reposição de estoques de insumos pela indústria de transformação depois de vários meses de recuo.

O que impulsionou as vendas externas em março, foi a alta dos preços dos produtos (a maioria commodities) exportados pela Bahia, que elevaram-se em média 82,1% comparados a março de 2020, já que o volume embarcado (quantum) teve queda de 44,7% no mês.  No trimestre, a elevação nos preços médios foi de 43,7%, comparado a igual período do ano passado. Já o volume embarcado  recuou 35%.

Os destaques em aumento de preços no ano foram dos produtos metalúrgicos, puxados pelo cobre, com salto de 73,1%. Derivados de petróleo, o complexo soja e os minerais subiram na média 39,2%, 31,2% e 24,6% respectivamente, na mesma comparação.

A elevação dos preços das commodities e a desvalorização do real contribuíram para melhorar o desempenho exportador em março.  As empresas do setor, especialmente de commodities, estão se beneficiando, com repercussões positivas na economia e no mercado de trabalho, embora de forma localizada. Além da questão preço, as exportações não estão tendo que concorrer com um crescimento do consumo interno - deprimido pelo desemprego elevado, que aflige 1,3 milhão de pessoas no estado, segundo último dado divulgado pelo IBGE - com consequente queda da massa de rendimentos.

Já as importações estão conseguindo um desempenho superior ao registrado no ano passado, mesmo em um cenário de agravamento da pandemia. Ainda assim, a alta no trimestre não parece estar dentro de um contexto de recuperação da atividade econômica, e foi basicamente puxada pelo setor de combustíveis. Ainda há muita instabilidade em função da pandemia e é difícil saber se o crescimento irá se manter, por depender do câmbio e da recuperação da demanda doméstica.

Com o resultado de março, a balança comercial da Bahia acumula um superávit de US$ 50,4 milhões em 2021, contra um saldo bem maior - US$ 485,1 milhões, registrado em igual período do ano passado. As exportações somam US$ 1,75 bilhão com queda de 6,6% e as importações em US$ 1,70 bilhão com incremento de 22,4%. A corrente de comércio atingiu US$ 3,45 bilhões com crescimento de 5,8%.

Confiança do empresariado baiano exibe nova queda em março

O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), índice que avalia as expectativas do setor produtivo do estado, calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), apresentou, em março, um quadro de menor confiança comparativamente ao observado no mês anterior. Com este recuo, o terceiro após sete altas mensais consecutivas, o pessimismo aumentou e a confiança empresarial se afastou mais um pouco da trajetória de recuperação iniciada em junho passado.

 Numa escala que pode variar de -1.000 a 1.000 pontos, o ICEB marcou -287 pontos, revelando-se negativo pela 13ª vez consecutiva. Com o recuo mais recente, a confiança do empresariado local passou da zona de Pessimismo Moderado para a de Pessimismo após seis meses.

 O resultado do mês de março indicou uma queda de confiança da ordem de 98 pontos em relação ao observado em fevereiro (-189 pontos). Num comparativo com o registrado um ano antes (-95 pontos), a piora no indicador foi de 192 pontos.

 O recuo no nível de confiança de fevereiro a março aconteceu de forma generalizada, visto que repercutiu o retrocesso nos indicadores de todas as quatro atividades. No comparativo com o mesmo mês do ano antecedente, todos os setores analisados também apresentaram recuo.

 Do conjunto avaliado, os itens situação financeira, PIB estadual e abertura de unidades apresentaram os indicadores de confiança em pior situação no mês. Em contrapartida, as variáveis exportação, PIB nacional e inflação foram aquelas com as melhores expectativas do empresariado baiano.

 O boletim completo com as análises referentes ao mês de março pode ser acessado diretamente do site da SEI clicando aqui.

 

Safra de grãos pode alcançar 10 milhões de toneladas na Bahia em 2021

O terceiro Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e sistematizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), relativo a março deste ano, estimou a produção de cereais, oleaginosas e leguminosas, na Bahia, em 10 milhões de toneladas (t) em 2021. Este resultado, divulgado nesta quinta-feira (08), representa uma ligeira retração de 0,5% na comparação com a safra 2020, que foi o melhor resultado da série histórica da pesquisa.

“Vale destacar que em relação ao levantamento do mês anterior, o resultado apresentou uma variação positiva de 2,7 pontos percentuais. Destaque para melhora nas estimativas das lavouras da soja e do milho”, destaca o secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro.

As áreas plantada e colhida ficaram ambas estimadas em 3,17 milhões de hectares (ha), o que corresponde, nas projeções do IBGE, a uma expansão de 1,7% na comparação interanual. Dessa forma, a produtividade média estimada para a safra de grãos, no estado, foi de 3,16 t./ha, 2,1% inferior à do ano passado.

A produção de algodão (caroço e pluma), em 2021, manteve-se projetada em torno de 1,2 milhão de t., que representa retração de 18,5% na comparação anual. A previsão de área plantada está em 266 mil ha, recuo de 15,6% na mesma base de comparação.

A soja, cuja fase de plantio está concluída, teve sua estimativa revisada para 6,5 milhões de t. - a maior da série histórica do levantamento –, alta de 7,6% em relação a 2020. A estimativa da área plantada soma 1,7 milhão ha., que supera em 4,9% a de 2020, e o rendimento médio esperado da lavoura é de 3,8 t./ha.

A safra de milho, por sua vez, teve a previsão de recuo reduzida na comparação com 2020. A expectativa para as duas safras anuais totalizaou 2,4 milhões de toneladas em 2021, o que corresponde ainda a uma retração de 7,7% na comparação anual. Com relação à área plantada (635 mil ha), o IBGE indica uma expansão de 1,8% sobre 2020.

Na atual temporada, a produção total de feijão deve somar 199 mil t., o que implica um recuo 31,3% em relação a 2020. Apesar disso, o levantamento revela uma área plantada (435 mil ha.) 3,1% superior à verificada no ano passado. A má distribuição de chuvas este ano é possivelmente o principal determinante do resultado da lavoura, cuja produção é predominantemente em área de sequeiro.

Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estima 5,4 milhões de t., alta de 5,8% em relação à safra anterior. A estimativa de cacau ficou projetada em 110 mil t., queda de 6,8% na comparação com 2020.

A estimativa deste ano para o café ficou em 200,1 mil t., 18,3% abaixo da produção verificada no ano passado. A safra do tipo arábica ficou projetada em 80,8 mil t., variação negativa anual de 33,0%, e a da canéfora, em 120,2 mil t., correspondendo a uma retração de 4,2%, na mesma base de comparação.
As estimativas para as lavouras de banana (938,5 mil t.), laranja (734,3 mil t.) e uva (49,3 mil t.) registraram, respectivamente, variações positivas de 10,4%, 16,0% e 8,9%, em relação à safra anterior.
As projeções ainda indicam uma produção de 1,03 milhão t. de mandioca, 7,1% superior à de 2020. A batata-inglesa teve sua produção estimada em 208,2 mil toneladas, crescimento interanual de 4,1%. O tomate teve queda nas projeções (7,3%), que ficaram estimadas em 223,5 mil toneladas.

Foto: Divulgação/Aiba

Produção Industrial baiana recuou 5,8% em fevereiro

Em fevereiro de 2021, a produção industrial (de transformação e extrativa mineral) da Bahia, ajustada sazonalmente, recuou 5,8% frente ao mês imediatamente anterior, pela terceira vez consecutiva. Nos dois meses anteriores, as taxas foram, respectivamente, de -5,4% e -4,5%. Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou queda de 20,9%, segunda taxa negativa consecutiva nessa comparação. No primeiro bimestre do ano, a produção industrial acumulou declínio de 18%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. E no indicador acumulado dos últimos 12 meses, a indústria registrou queda de 9,4% em relação ao mesmo período anterior. As informações, divulgadas nesta quinta-feira (8), fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sistematizadas e analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).

 No confronto de fevereiro de 2021 com igual mês do ano anterior, a indústria baiana apresentou declínio de 20,9%, com oito das 12 atividades pesquisadas assinalando queda da produção. A principal contribuição positiva veio de Produtos químicos (12,2%), influenciada, principalmente, pela maior fabricação de polietileno de alta densidade (PEAD) e propeno não-saturado Outros setores que apresentaram resultados positivos foram Celulose, papel e produtos de papel (5,1%), Produtos de borracha e material plástico (6,6%) e Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (23,4%). O setor de Veículos (-97,1%) apresentou a principal influência negativa no período, explicada, especialmente, pela menor fabricação de automóveis com motor a gasolina, álcool ou bicombustível e painéis ou quadros (incompletos) para instrumentos dos veículos automotores. Outros resultados negativos no indicador foram observados nos segmentos de Derivados de petróleo (-23,2%), Metalurgia (-24,5%), Produtos alimentícios (-5,9%), Produtos minerais não metálicos (-6,5%), Extrativas (-4,6%), Bebidas (-0,7%) e Couro, artigos para viagem e calçados (-0,2%).

No acumulado do primeiro bimestre de 2021, comparado com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana registrou queda de 18%. Positivamente, destacou-se o segmento de Produtos químicos que registrou aumento de 9,3%, impulsionado pela maior fabricação de propeno não-saturado e princípios ativos para herbicidas. Importante ressaltar, também, os resultados positivos assinalados por Metalurgia (7,2%), Celulose, papel e produtos de papel (4%) e Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (31,9%). Oito dos 12 segmentos da Indústria geral impactaram o resultado, com destaque para Veículos (-95,9%), influenciado, em grande medida, pela menor fabricação de automóveis com motor a gasolina, álcool ou bicombustível e painéis ou quadros (incompletos) para instrumentos dos veículos automotores. Vale citar ainda, a queda em Derivados de petróleo (-19,4%), Produtos alimentícios (-4%), Extrativas (-3,4%), Minerais não metálicos (-5,5%), Bebidas (-3,3%), Couro, artigos para viagem e calçados (-1%) e Borracha e material plástico (-0,5%).

No acumulado dos últimos 12 meses, comparado com o mesmo período do ano anterior, a taxa da produção industrial baiana foi de -9,4%. Destacaram-se positivamente Derivados de petróleo (3,7%), Produtos químicos (6,1%), Celulose, papel e produtos de papel (4,0%), Produtos alimentícios (0,4%) e Bebidas (1,2%). Sete dos 12 segmentos da Indústria geral influenciaram o resultado no período, com destaque para Veículos, que teve queda de 55,5%. Importante ressaltar também os resultados negativos assinalados por Metalurgia (-25,7%), Couro, artigos para viagem e calçados (-21,1%), Borracha e material plástico (-9,9%), Extrativas (-7,3%), Minerais não metálicos (-2,2%) e Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-15,5%).

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