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O volume das atividades turísticas na Bahia, no acumulado do ano de 2022, expandiu 23,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, após avançar 47,5% em 2021, na mesma base de comparação. Esse resultado é a segunda maior variação já registrada na série histórica iniciada em 2011 para esse tipo de comparação e contribuiu positivamente para o índice nacional, que avançou 29,9%. 

Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS/IBGE) e compõem o Boletim de Análise Conjuntural do Turismo na Bahia, divulgado nesta segunda-feira (17/04), pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da secretaria do Planejamento, em parceria com Secretaria do Turismo, a partir de diversas fontes de dados.

Entre as informações de destaque no boletim, o consumo ativo faturado (kWh) de energia elétrica nas Atividades Características do Turismo (ACTs) na Bahia cresceu 1,6% no ano de 2022 contra 2021, puxado, principalmente, pelo excelente desempenho em Outros alojamentos não especificados anteriormente (83,2%). 

Seguindo a mesma análise, mais de 8,7 milhões de passageiros (de voos domésticos e internacionais) passaram nos principais aeroportos da Bahia (Salvador, Porto Seguro, Ilhéus e Vitória da Conquista) no ano de 2022. O fluxo expandiu 21,7% contra 2021, o que representa um aumento de mais de 1,6 milhão de passageiros. Esse comportamento foi resultado da aceleração observada tanto nos embarques (22,5%) quanto nos desembarques (21,0%). É importante destacar que todos os aeroportos marcaram expansão. 

Em 2022, aproximadamente 71 milhões de veículos passaram nos pedágios das rodovias da Bahia, cerca de 1,1 milhão de veículos a mais, o que representa uma ampliação de 1,5%.

A Bahia arrecadou em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aproximadamente R$ 3,2 bilhões nas ACTs no ano de 2022, com queda nominal de 49,9% em relação ao ano de 2021, resultado puxado principalmente pela redução nas atividades de Transporte por navegação de travessia intermunicipal, interestadual e internacional (-99,7%).

A taxa média de ocupação dos meios de hospedagem em Salvador foi de 59,2% no ano de 2022, resultado superior àquele observado no ano anterior (48,7%). Esse resultado é superior 10,5 p.p em relação ao ano de 2021, um reflexo da melhora do desempenho da atividade hoteleira na capital baiana. 

Perto de 64 mil veículos passaram a mais pelo Sistema Ferry-Boat na travessia São Joaquim-Bom Despacho, no ano de 2022, isso representa uma expansão de 8,2% em relação ao ano de 2021. Pelo mesmo sistema, passaram quase 727 mil passageiros a mais, expansão de 17,2%.

O setor de Turismo incorporou 9.736 novos postos de trabalho com carteira assinada no ano de 2022, impulsionado, principalmente, pelas atividades de Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas, Hotéis e similares e Locação de automóveis sem condutor, que geraram mais 4.353, 1.427 e 1.315 novos vínculos formais, respectivamente. 

No âmbito das zonas turísticas do estado, houve saldo de 8.408 postos no ano e todas as 13 regiões exibiram resultados positivos. Os maiores saldos foram observados nas zonas Baía de Todos-os-Santos (+4.129 postos), Costa do Descobrimento (+1.133 empregos) e Costa do Cacau (+730 postos). 

Nesse contexto, é importante ressaltar que o setor do turismo na Bahia no ano de 2022 foi motivado, principalmente, pela ampliação das rotas de voos, pela atração dos grandes congressos, pelo fomento ao empreendedorismo e pela redução da informalidade. O aumento da competitividade dos destinos turísticos contribuiu positivamente para o resultado significativo do setor.

A expectativa é de manutenção do crescimento no 1º trimestre de 2023, com taxa ainda expressiva, com a realização das festas populares, religiosas e o carnaval. Os cruzeiros marítimos para a temporada de 2023 estão a pleno vapor. E o Governo do Estado, juntamente com a Secretaria do Turismo da Bahia, vem reunindo esforços na promoção do estado baiano nos eventos em todo o território brasileiro.

Acesse o boletim completo.

De acordo com os resultados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan), o volume de serviços na Bahia cresceu 2,4% em janeiro, na comparação com dezembro de 2022. Na comparação interanual, expandiu 7,7%. O indicador acumulado dos últimos 12 meses aumentou 6,6%.  

A receita nominal de serviços no estado apontou, em janeiro de 2023, crescimento de 0,9%, na comparação com dezembro. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, expandiu 12,9%. Já o indicador acumulado dos últimos 12 meses aumentou 16,0%.  

O volume de serviços no Brasil caiu 3,1% na comparação com o mês imediatamente anterior (série com ajuste sazonal), após acumular um ganho de 2,4% nos dois últimos meses do ano passado. O decréscimo do volume de serviços, observada na passagem de dezembro de 2022 para janeiro de 2023, foi acompanhada por três das cinco atividades investigadas, com destaque para os setores de Transportes (-3,7%), Outros serviços (-9,9%) e Serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,5%).  

A Bahia, por sua vez, não acompanhou o mesmo comportamento do Brasil e registrou a segunda taxa positiva (2,4%) consecutiva, recuperando boa parte das perdas acumuladas (-3,2%) registradas em outubro (-1,6%) e novembro (-1,6%). O mês de janeiro foi marcado pelo período das férias escolares, as festas populares e outros festejos religiosos na Bahia, que deram contribuição para uma ampliação no consumo das famílias nas atividades relacionadas ao setor, o que refletiu positivamente no resultado do indicador.  

O volume de serviços na Bahia avançou 7,7%, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Quatro das cinco atividades puxaram o volume de serviços para cima, com destaque para as atividades de Serviços profissionais, administrativos e complementares (27,3%), que contabilizou a variação mais expressiva e maior alta da série iniciada em 2012, para os meses de janeiro; seguida pela atividade de Serviços prestados às famílias (11,0%); Serviços de informação e comunicação (5,0%); Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (3,4%). Por outro lado, apenas Outros serviços (-0,9%) puxou o índice para baixo.  

Leia o boletim completo. 

Fonte: Ascom/SEI

Foto: Fernando Vivas/GOVBA

Data: 14/04/2023  

O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), métrica calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) para monitorar as expectativas do setor produtivo do estado, marcou -114 pontos em março numa escala que vai de -1.000 a 1.000 pontos.  

O ICEB, assim, exibiu a quinta pontuação abaixo de zero seguida após três meses com resultado positivo. A confiança do empresariado local, dessa forma, manteve-se na zona de Pessimismo Moderado.  

Em suma, em março, o ICEB indicou que a confiança recuou em comparação a fevereiro (-94 pontos) e avançou em relação a março de 2022 (-164 pontos). Assim, o resultado mais recente representou uma redução de 20 pontos de um mês ao outro e um aumento de 50 pontos em um ano.  

A diminuição do nível de confiança de fevereiro a março não aconteceu de forma generalizada, visto que não foi realidade para uma das quatro atividades (Serviços). No comparativo com o mesmo mês do ano passado, mesmo com o indicador geral avançando, a alta da confiança não foi vista em dois dos setores (Agropecuária e Indústria).  

Ao final, em março, nenhum dos setores assinalou pontuação superior a zero: Agropecuária, com -7 pontos; Indústria, -142 pontos; Serviços, -110 pontos; e Comércio, -167 pontos. Dessa forma, o setor agropecuário foi o de melhor resultado, enquanto a atividade de Comércio expôs o menor nível de confiança.  

Do conjunto avaliado de temas, os itens crédito, situação financeira e câmbio foram aqueles com as piores expectativas do empresariado baiano. 

Em contrapartida, as variáveis juros, exportação e vendas apresentaram os indicadores de confiança em situação menos desfavorável no mês.  

O boletim completo com as análises referentes ao mês de março pode ser acessado diretamente do site da SEI clicando aqui.  

Fonte: Ascom/SEI

Data: 13/04/23

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativo ao mês de março de 2023, com dados sistematizados e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), estima uma produção de cereais, oleaginosas e leguminosas de 11,0 milhões de toneladas (t), o que representa um recuo de 3,3% na comparação com a safra de 2022 – que foi o melhor resultado da série histórica do levantamento para o conjunto de produtos pesquisados.  

As áreas plantada e colhida permaneceram ambas estimadas em 3,4 milhões de hectares (ha), ficando mantidas as projeções de 2022 para 2023. Dessa forma, o rendimento médio esperado (3,25 t/ha) da lavoura de grãos no estado é 3,3% inferior na mesma base de comparação.

A produção de algodão (caroço e pluma) está estimada em 1,34 milhão de toneladas, que representa ligeira queda (1,1%) em relação ao ano passado. A área plantada com a fibra ficou mantida em 290 mil hectares.

O volume de soja a ser colhido pode alcançar 7,06 milhões de toneladas, o que corresponde a uma retração de 2,4% sobre o verificado em 2022. A área plantada com a oleaginosa no estado ficou projetada em 1,8 milhão de hectares.

As duas safras anuais do milho, estimadas pelo IBGE, podem alcançar 2,7 milhões de toneladas, o que também representa retração de 5,4% na comparação anual. Com relação à área plantada, manteve-se a estimativa da safra anterior de 700 mil hectares. A primeira safra do cereal está projetada em 2,2 milhões de toneladas, 1,2% abaixo do que foi observado em 2022. Já o prognóstico para a segunda safra é de um recuo de 20,0% em relação à colheita anterior, totalizando 520,8 mil toneladas.  

A lavoura do feijão pode sofrer um recuo de 2,1%, na comparação com a safra de 2022, totalizando 238,8 mil toneladas. O levantamento manteve a estimativa de 417 mil hectares plantados, a mesma observada no ano anterior. Estima-se que a primeira safra da leguminosa (143,5 mil toneladas) seja 1,4% inferior à de 2022, e que a segunda safra (95,3 mil toneladas) tenha uma variação negativa de 3,1%, na mesma base de comparação. 

Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estimou produção de 5,47 milhões de toneladas, revelando queda de 2,3% em relação à safra 2022. A estimativa da produção do cacau, por sua vez, ficou projetada em 121,0 mil toneladas, apontando uma queda de 4,0% na comparação com a do ano anterior.

Em relação ao café, está prevista a colheita de 193,2 mil toneladas este ano, 17,3% abaixo do observado no ano passado. A safra do tipo arábica está projetada em 69,5 mil toneladas, com variação anual negativa de 30,8%. Por sua vez, a safra do tipo canéfora teve previsão de 123,7 mil toneladas, 7,0% abaixo do nível do ano anterior. 

As estimativas para as lavouras de banana (913,8 mil toneladas), laranja (634,2 mil toneladas) e uva (65,5 mil toneladas), por sua vez, registraram, respectivamente, variações de 1,0%, -2,9% e 7,8%, em relação à safra anterior.  

O levantamento ainda indica uma produção de 938,3 mil toneladas de mandioca, 9,6% superior à de 2022. A produção de batata-inglesa, estimada em 331,8 mil toneladas, apresenta recuo de 6,3%; e a do tomate, estimada em 179,6 mil toneladas, aponta alta de 0,9% na comparação com a do ano anterior.

Fonte: Ascom/SEI

Foto: Odilon Reny/Embrapa

Data: 13/04/2023