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Em dezembro de 2021, a produção industrial (de transformação e extrativa mineral) da Bahia, ajustada sazonalmente, registrou aumento com taxa de 2,0% frente ao mês de novembro, após recuo de 1,7% entre outubro e novembro. Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou queda de 10,5%. No acumulado do ano, a indústria registrou retração de 13,2%, em relação ao mesmo período anterior. As informações, divulgadas nesta quarta-feira (9), fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sistematizadas e analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).


No confronto de dezembro de 2021 com igual mês do ano anterior, a indústria baiana apresentou queda de 10,5%, com oito das 12 atividades pesquisadas assinalando queda da produção. O setor de Veículos (-95,8%) apresentou a principal contribuição negativa no período, explicada, especialmente, pela menor fabricação de automóveis. Outros resultados negativos no indicador foram observados nos segmentos de Metalurgia (-46,1%), Produtos químicos (-4,7%), Borracha e material plástico (-16,0%), Bebidas (-24,2%), Celulose, papel e produtos de papel (-7,9%), Couro, artigos para viagem e calçados (-5,5%) e Minerais não metálicos (-1,0%). A principal contribuição positiva foi em Derivados de petróleo (14,6%), influenciada, principalmente, pela maior fabricação de óleo diesel, gasolina e parafinas. Outros setores que apresentaram resultados positivos foram: Produtos alimentícios (7,1%), Extrativas (11,4%) e Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-57,4%).


No acumulado do período de janeiro a dezembro de 2021, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana registrou queda de 13,2%. Cinco dos 12 segmentos da Indústria geral influenciaram o resultado, com destaque para Veículos, que registrou queda de 94,9%, impulsionado, em grande parte, pela menor fabricação de automóveis. Importante ressaltar, também, os resultados negativos assinalados por Derivados de petróleo (-18,1%), Metalurgia (-16,9%), Produtos alimentícios (-1,7%) e Bebidas (-7,6%). Positivamente, destacou-se o segmento de Couro, artigos para viagem e calçados (31,2%), impulsionado, em grande parte, pela maior fabricação de tênis de material sintético e calçados moldados de borracha. Vale citar, ainda, o crescimento em Produtos químicos (4,7%), Extrativa mineral (7,3%), Borracha e material plástico (5,2%), Minerais não metálicos (8,3%), Celulose, papel e produtos de papel (1,6%) e Equipamentos de informática e produtos eletrônicos (15,4%).

Comparativo regional

A queda no ritmo da produção industrial nacional, com taxa de -5,0%, na comparação entre dezembro de 2021 com o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhada por nove dos 14 estados pesquisados, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Ceará (-20,9%), Bahia (-10,5%) e Santa Catarina (-10,1%). Por outro lado, Mato Grosso (23,1%), Goiás (8,3%) e Rio de Janeiro (6,5%) assinalaram os maiores avanços nesse mês.

Análise trimestral

No quarto trimestre de 2021, comparado com o mesmo período do ano anterior, a indústria baiana assinalou queda de 11,8% após declínios de 11,1% e 12,2%, respectivamente, no segundo e terceiro trimestres de 2020. O aumento na intensidade de perda observada no total da produção industrial na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2020 foi explicada, principalmente, pela perda de ritmo dos setores de Metalurgia, de 1,1% para -39,6%; Celulose, papel e produtos de papel, de 12,9% para -9,6%; Borracha e plástico, de -6,1% para -17,4%; e, Bebidas, de -17,6% para -20,0%.

As vendas no comércio varejista baiano recuaram 1,9% em dezembro de 2021 frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, sendo o sétimo resultado negativo nessa análise. No cenário nacional, na mesma base de comparação, os negócios registraram estabilidade, com um suave recuo de 0,1%. Em relação a igual mês do ano anterior, as vendas no varejo baiano mantiveram o ritmo de queda ao apresentar a variação negativa de 12,9%. Essa retração é a quinta consecutiva registrada pelo setor na Bahia. No país o recuo foi de 2,9%, em relação à mesma análise. No acumulado do ano, a Bahia e o Brasil registraram taxas positivas de 0,6% e 1,4%, respectivamente. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – realizada em âmbito nacional – e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.

O resultado negativo em dezembro, mesmo diante das comemorações natalinas, período em que os consumidores animados com o recebimento do décimo terceiro vão as compras revela que as incertezas quanto ao comportamento da atividade econômica tem influenciado as vendas no comércio varejista. Os fatores como alta dos juros, além do encarecimento dos alimentos, aluguéis, energia, combustíveis e aumento no endividamento das famílias contribuíram para os consumidores moderarem os seus gastos.

Nesse mês de dezembro, a Bahia encerrou 5.343 postos de trabalho, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregos (Novo Caged) da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia analisados pela SEI. Assim, o comprometimento da renda dos consumidores associados à chegada da Ômicron, nova variante da Covid- 19, o surto de casos de gripe provocados pelo vírus Influenza H3N2 na capital baiana e as enchentes decorrentes do excesso de chuvas que atingiram alguns municípios do estado no último mês do ano de 2021 influenciaram os negócios no setor levando a Bahia a registrar a maior taxa negativa entre os estados da federação, na comparação à igual mês do ano passado.


Por atividade, em dezembro de 2021, os dados do comércio varejista do estado baiano, quando comparados aos de dezembro de 2020, revelam que duas dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo. O crescimento nas vendas foi verificado nos segmentos de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (14,9%), e Tecidos, vestuário e calçados (0,2%). Os demais segmentos registraram comportamento negativo são eles: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,1%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-12,1%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-14,8%), Combustíveis e lubrificantes (-22,3%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-25,9%), e Móveis e eletrodomésticos (-34,9%). No que diz respeito aos subgrupos, verificam-se que as vendas de Móveis, Eletrodomésticos, e Hipermercados e supermercados recuaram em 37,4%, 34,2%, e 13,0%, respectivamente.

Na série sem ajuste sazonal, o segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos registrou, em dezembro, a maior influência positiva para o setor. Por outro lado, a retração no volume de vendas dos segmentos de Móveis e eletrodomésticos, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e Combustíveis e lubrificantes foram determinantes para a queda das vendas do setor nesse mês.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos exerceu a maior influencia positiva dada a elevação da procura por produtos que aumentassem à imunidade do consumidor em razão da terceira onda de contaminação provocada pela Covid-19 e ao surgimento de casos de gripe.

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo restrito e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção apresentou retração de 5,0% nas vendas, em relação à igual mês do ano anterior, terceiro resultado negativo, após sete meses de altas consecutivas. Esse comportamento resultou no acumulado dos últimos 12 meses, variação foi positiva de 7,3%.

No mês passado, as exportações baianas atingiram em US$ 734,2 milhões (valor recorde para o mês desde 2012) e alta de 18,9% sobre janeiro de 2021. Mesmo assim, a balança comercial do estado teve déficit de US$ 787,7 milhões, devido ao incremento significativo das importações, que permanecem em alta, chegando a US$ 1,5 bilhão em janeiro, crescimento de 123,1% comparadas a igual mês de 2021. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).

As compras externas permanecem turbinadas e concentradas em itens de energia, fertilizantes e medicamentos, em uma dinâmica parecida com a dos últimos meses de 2021. Só o GNL – Gás natural Liquefeito, usado para abastecer as usinas termoelétricas, teve aumento nas compras de 15.492% no mês, enquanto que os combustíveis como um todo, teve alta de 262,5% e correspondeu a 75,2% das importações baianas em janeiro. Isso reflete fatores estruturais que poderão manter as importações em ritmo de crescimento acima da demanda doméstica, ainda que a tendência dos desembarques seja de arrefecimento, dada a expectativa de baixo crescimento em 2022.

Nas exportações, o principal destaque foi a alta expressiva dos embarques de soja e derivados (235%), cuja safra teve colheita mais tardia no ano passado. Como resultado, as exportações agropecuárias totais aumentaram 62,5% no mês.

Já as exportações da indústria extrativa recuaram 58,5%, abaladas por reduções das vendas de magnesita e metais preciosas. Já a indústria de transformação acusou crescimento de 21%, sempre comparando-se ao mesmo mês de 2021.

Apesar de continuar a liderar como destino, s exportações para a China em janeiro tiveram redução de 24,1%, com perda de fôlego nos embarques de celulose,

algodão, minerais e carnes de animais das espécies cavalar (em cumprimento a decisão da Justiça Federal, que decidiu suspender o abate de jumentos no Brasil para exportação à China por não ficar comprovada a existência de uma cadeia produtiva para abate no Brasil, o que coloca a espécie em risco).

Nenhum dos resultados de janeiro, devem ser considerados como tendência. O ano de, 2022 terá exportações ainda beneficiadas por preços de commodities relativamente altos, mesmo com acomodações, e por importações impactadas por demanda doméstica baixa, ainda que pressionada por inflação global e demanda por itens do grupo da energia.

A explosão nas importações deve arrefecer ao longo do primeiro semestre, tanto pelo lado da demanda doméstica, já que a disseminação da ômicron é fator de preocupação como também pelo aperto monetário em curso e o panorama de incertezas, diante dos riscos fiscais e políticos, que devem se materializar em baixo dinamismo econômico, e que deve restringir as importações.

Em dezembro, segundo o Caged, a Bahia fechou 5.343 postos com carteira assinada, decorrente da diferença entre 56.316 admissões e 61.659 desligamentos. Com esse saldo, o estado passou a contar com 1.808.477 vínculos celetistas ativos, uma variação de -0,29% sobre o quantitativo do mês anterior. De responsabilidade do Ministério do Trabalho e Previdência, os dados do emprego formal foram sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

Em 2021, considerando a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, a Bahia preencheu 133.779 novas vagas – aumento de 7,99% em relação ao total de vínculos celetistas do início do ano. O crescimento do emprego celetista também foi observado no Brasil e no Nordeste no acumulado de janeiro a dezembro, com 2.730.597 e 474.578 novas vagas, respectivamente.

Ainda em termos de saldo acumulado no ano, a unidade federativa baiana continuou à frente das demais do Nordeste, com Pernambuco (89.697 postos) e Ceará (81.460 postos) na segunda e terceira posições, respectivamente. Entre as unidades da Federação, situou-se na sétima colocação.

De acordo com reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo, o Banco do Brasil tem dificultado a concessão de créditos para a Bahia, governada por Rui Costa, adversário político do presidente Jair Bolsonaro. Segundo a matéria, a estatal tem criado dificuldades na liberação de créditos para opositores do Palácio do Planalto.

Outro estado afetado é Alagoas que recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para obter os recursos após o banco ter abandonado as negociações sem maiores justificativas.

Em 2021, o BB concedeu R$ 5,3 bilhões em créditos para estados. Dois terços desse valor foram para governos aliados ou de partidos que têm nos quadros apoiadores da atual gestão federal.

Segundo a SDE – Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia, dados de 2015 mostram que o estado detém a segunda maior reserva de gemas do país, ficando atrás apenas de Minas Gerais.

Ainda de acordo com a SDE, a Bahia é o primeiro produtor de diamantes em kimberlitos (extraído na rocha matriz), o segundo maior produtor de esmeralda e o principal produtor de quartzo rutilado do Brasil. Grande parte da produção do estado é voltada especialmente para o mercado externo, tendo como principais setores de consumo a indústria de lapidação e a joalheria.

Os detalhamentos dos setores, destacando alguns fatores que podem afetar as atividades de cada um, podem ser acessados no boletim completo no site da SEI clicando aqui!

Em janeiro de 2022 esta Cesta Básica passou a custar R$ 459,13, representando uma elevação de 2,58% em relação ao mês de dezembro de 2021. Ressalte-se que estes resultados foram obtidos por meio de 1.314 cotações de preços que foram coletados em 108 estabelecimentos comerciais (supermercados, açougues, padarias e feiras livres) em Salvador. Os dados divulgados nesta sexta-feira (4), são calculados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan). 

A ração essencial mínima, regulamentada pela Lei nº 399 de 30 de abril de 1938, é uma cesta básica de alimentos com quantidades predefinidas de 12 produtos (arroz, feijão, farinha, carne, legume, fruta, óleo, café, leite, açúcar, pão e manteiga) constituída de forma balanceada em termos de proteínas, calorias, ferro, cálcio e fósforo e suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta.  

Dos doze produtos da Cesta Básica, 9 registraram elevação nos preços, a saber: Tomate (15,58%), Café moído (10,01%), Manteiga (8,41%), Farinha de mandioca (7,61%), Banana prata (6,03%), Pão francês (2,34%), Feijão rajado (1,87%), Açúcar cristal (1,01%) e o Leite (0,57%). Por sua vez, apresentaram redução a Carne bovina (-5,93%), o Arroz (-2,33%) e o Óleo de soja (-0,12%).

Em janeiro de 2022 o trio arroz, feijão e carne apresentou variação de -4,3% e foi responsável por 38,0% do valor de uma cesta básica, ao passo que, em dezembro de 2021, o trio representou 40,8%.  Por sua vez, o quarteto café, leite, pão e manteiga aumentou 3,8% e foi responsável por 29,5% do valor de uma cesta no mês de janeiro, sendo que em dezembro de 2021 esse quarteto representou e 29,1% do valor da cesta.

Os três produtos com maior participação no valor da Cesta Básica foram a Carne bovina (27,99%), Tomate (19,07%) e Pão francês (14,11%) e os itens com menor participação foram Açúcar (2,51%), Café moído (1,88%) e Óleo de soja (1,84%).

Em janeiro de 2022, o tempo de trabalho gasto por um trabalhador para obter uma cesta básica em Salvador foi de 90h05min, comprometendo 40,95% da sua renda. Nesta análise, considerou-se um salário mínimo líquido no valor de R$ 1.121,10, descontando-se 7,50% de contribuição previdenciária do salário bruto de R$ 1.212,00.

Para conferir o boletim completo acesse o link.

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