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Confira os destaques dos impactos da Covid-19 na Conjuntura Econômica da Bahia

Dados apurados pelas pesquisas mensais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística sinalizam que as principais atividades econômicas que afetam diretamente o PIB da Bahia apresentaram manutenção do ritmo de crescimento, exceto serviços, última atividade a iniciar o processo de reabertura. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.

A produção baiana de cereais, oleaginosas e leguminosas, com base no oitavo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, relativo a agosto, foi projetada em torno de 9,7 milhões de toneladas, representando uma expansão de 17,2% na comparação com 2019. Em julho, o levantamento apontava uma safra anual de 9,5 milhões de toneladas.

A produção industrial da Bahia cresceu pelo terceiro mês consecutivo com alta de 11,1% em julho, na comparação com o mês anterior (série com ajuste sazonal), após aumentos em maio (8,2%) e junho (2,1%), indicando a retomada da atividade industrial no estado. O crescimento da indústria baiana nesse confronto foi acima do nacional (8,0%) e a quinta maior alta entre os 15 locais pesquisados pelo IBGE. Oito dos 12 setores apresentaram taxa positiva.

Em relação a julho de 2019, a indústria recuou 5,7% em julho de 2020, quarto resultado negativo consecutivo nessa comparação. Com isso, o setor acumula perda de 7,1% no ano, refletindo as paralisações de algumas atividades devido ao isolamento social exigido para o controle da pandemia do coronavírus e à queda da demanda nacional e internacional.

As vendas no comércio varejista baiano registraram em julho crescimento de 9,7%, frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após aumentos de 7,7% e 11,1%, respectivamente em junho e maio de 2020.

O segmento de Móveis e eletrodomésticos (49,9%) foi o que apresentou a maior expansão refletindo a força do auxílio emergencial. As atividades essenciais continuaram registrando crescimento como Hipermercados e supermercados (7,3%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9,0%) em razão do auxílio emergencial e do isolamento social.

As atividades do setor de serviços foram as últimas a serem reabertas no fim de julho. Por isso, os resultados ainda continuam sendo negativos, principalmente as atividades de alojamento e alimentação, o que fica evidente com o resultado de atividades de Serviços prestados às famílias (-79,9%). O setor caiu, em julho, na comparação com junho em 0,9%, com ajuste sazonal; na comparação com julho de 2019, caiu 26,4% e, no ano, a 18,0%. Esses resultados positivos começam a impactar a confiança do empresariado baiano. O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), apresentou, em agosto, um quadro de maior confiança comparativamente ao observado no mês anterior.

Trata-se do terceiro avanço após quatro recuos mensais consecutivos. Numa escala que pode variar de -1.000 a 1.000 pontos, o ICEB marcou -301 pontos no referido mês. Houve, portanto, uma melhora de 46 pontos em relação ao resultado de julho (-347 pontos) e uma piora de 176 pontos num comparativo com o de um ano antes (-125 pontos), indicando algum abrandamento do recrudescimento recente da incerteza. No ano, a confiança acumula uma queda de 370 pontos. Em relação à sua média histórica, de -212 pontos, o indicador se encontra 89 pontos abaixo. O ICEB abaixo de zero significou a permanência do pessimismo no meio empresarial baiano pela sexta vez consecutiva.

Já com dados de agosto, as exportações registraram queda de 31,5%, comparado a igual mês de 2019, somando US$ 453 milhões, resultado do impacto da entressafra de soja e menores preços de commodities. Na mesma base de comparação, e devido aos impactos na atividade produtiva causados pela crise do coronavírus, as importações caíram 51,6%, atingindo US$ 267,4 milhões.

A queda acentuada das importações resultou em um crescimento de 362,4% no superávit comercial do estado no ano, que alcançou US$ 2,14 bilhões. As exportações foram a US$ 4,85 bilhões e as importações a US$ 2,71 bilhões. Já o recuo na corrente comércio, indicador que mede dinamismo econômico, foi de 23,8%, comparado a jan/agosto do ano passado, alcançando US$ 7,56 bilhões.

A Unipar, uma das maiores empresas petroquímicas do Brasil, vai se tornar autoprodutora a partir da instalação de um parque eólico de R$ 620 milhões na Bahia, em parceria com a AES Tietê. O parque eólico com capacidade instalada de 155 megawatts (MW) médios - o suficiente para garantir o fornecimento de cloro para abastecimento de água tratada a 40 milhões de pessoas - já começou a ser construído nos municípios baianos de Tucano, Biritinga e Araci e deve entrar em operação no segundo semestre de 2022. A empresa assegurou, por meio de contrato de 20 anos assinado com a joint venture constituída com a AES, a compra de 60 MW médios. A energia remanescente será comercializada no mercado livre.

Maior fabricante de cloro e soda cáustica da América do Sul e vice-líder no mercado regional de policloreto de polivinila (PVC), a companhia está adotando uma série de medidas para reduzir a distância de competitividade entre seus produtos e os de origem americana, que são os grandes concorrentes no mercado global, e o investimento em energia é um dos pilares dessa estratégia.

O Governo Federal assinou em São Desidério, no oeste da Bahia, um termo de parceria entre a estatal Valec e o Exército para obras de um lote da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), cuja conclusão deveria ter ocorrido ainda no primeiro governo Dilma. Será a primeira vez, desde 1995, que um batalhão de engenharia assume uma obra ferroviária.

A conclusão da ferrovia é de grande importância para o setor de mineração e do agronegócio baiano, porque reduzirá os custos de transporte para o mercado externo. Completa, a ferrovia terá 1.527 km e ligará o futuro Porto Sul, em Ilhéus, à cidade de Figueirópolis, no Tocantins, com investimento estimado de R$ 8,9 bilhões. A previsão, segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas é de que a ferrovia comece a operar na Bahia em 2024.

Os detalhamentos dos setores, destacando alguns fatores que podem afetar as atividades de cada um, podem ser acessados no boletim completo no site da SEI clicando aqui!

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