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Vendas do varejo baiano crescem 7% em junho

As vendas no comércio varejista baiano registraram, em junho de 2020, variação positiva de 7,0%, frente a maio, na série com ajuste sazonal. Na comparação com igual mês do ano anterior, houve recuo de 12,6%. No semestre, a taxa do volume de negócios foi negativa em 11,3%. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – realizada em âmbito nacional – e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.

“O crescimento das vendas do varejo do mês de junho, em relação a maio, reflete um impacto menor do quadro de isolamento social diante da pandemia do coronavírus no comércio. Vale ressaltar que no resultado de maio, em comparação a abril, também foi registrado crescimento, que foi de 10,3%”, ressalta o secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro.

O resultado registrado para o varejo baiano em junho releva que o setor foi influenciado pela liberação do auxílio emergencial e a expectativa de relaxamento das medidas de isolamento social. Segundo informações do Governo Federal, na Bahia, 5 milhões de pessoas foram beneficiadas com o auxílio de R$ 600,00 no período de abril a junho, totalizando um repasse de R$ 3,6 bilhões de reais (FECOMECIO -BA, 20 jul.2020).

Outro aspecto observado é que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas subiu 9,0 pontos em junho, para 71,1 pontos. Além do que, o mês de junho teve dois dias úteis a mais (21 dias) do que igual mês do ano passado (19 dias). Entretanto, esse movimento ainda não repôs totalmente as perdas sofridas no período de março a abril. Embora mostre uma perda de ritmo dos impactos das ações de combate à pandemia de Covid -19, a taxa negativa de junho é expressiva, considerando que se trata de uma mês com duas datas significativas para as vendas no setor, Dia dos Namorados e o São João.

Por atividade, em junho de 2020, os dados do comércio varejista do estado baiano, quando comparados aos de junho de 2019, revelam que três dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo. Assim, o desempenho positivo nesse mês ficou por conta do segmento de Móveis e eletrodomésticos (23,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,0%), e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%). Nos demais segmentos, as variações foram negativas. Listados pelo grau de magnitude das taxas em ordem decrescente destacaram-se: Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-17,1%), Combustíveis e lubrificantes (-19,0%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-28,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-52,9%), e Tecidos, vestuário e calçados (-79,4%). No que diz respeito aos subgrupos, verificam-se que registraram variação positiva as vendas Móveis, Eletrodomésticos, e Hipermercados e supermercados com taxas de 30,7%, 19,5%, e 5,5% respectivamente.

A influência positiva em junho veio do segmento Móveis e eletrodomésticos, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos. Apesar da manutenção da trajetória de queda das vendas no estado baiano, o comportamento desses segmentos nesse mês trouxe um alento ao setor.

O segmento de Móveis e eletrodomésticos exerceu o maior impacto positivo para amenizar o ritmo de queda do varejo baiano. Atividade mais atingida com as medidas de isolamento social recomendada pelos órgãos competentes da saúde: Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde do Brasil (MS) e Secretaria da Saúde, nos âmbitos estaduais e municipais, dada a confirmação de pandemia no mundo, interrompeu o seu comportamento de queda. A liberação do auxílio emergencial e uma expectativa de relaxamento das medidas de isolamento social se refletiu na manutenção da tendência de recuperação da confiança dos consumidores.

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, atividade considerada essencial, pelo quarto mês consecutivo registrou crescimento nas vendas, sendo o segundo à contribuir positivamente. O resultado para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, terceiro a contribuir para reduzir o ritmo de queda no varejo baiano, se justifica pela busca incessante dos consumidores em comprar medicamentos supostamente preventivos de uma contaminação pelo Covid-19.

Por outro lado, as maiores influências negativas para o setor vieram novamente dos segmentos de Tecidos, vestuário e calçados, Combustíveis e lubrificantes, e Outros artigos de uso pessoal e doméstico. Os impactos do isolamento social em razão do Covid – 19 comprometeram o ritmo das vendas nessas atividades.

O segmento de Tecidos, vestuário e calçados teve suas vendas comprometidas com as medidas de isolamento social para conter a disseminação do Coronavírus como fechamento do comércio tanto nas ruas como em centros comerciais e shopping centers. Combustíveis e lubrificantes segundo a influenciar o comportamento das vendas do varejo em junho foram atingidas de forma indireta pela redução de veículos circulando nas ruas, e pela elevação dos preços de combustíveis.

Outros artigos de uso pessoal e doméstico apesar de também terem suas vendas comprometidas por contas das medidas preventivas mostrou perda de ritmo de queda em relação ao resultado de maio (-46,2%), pois os consumidores passaram a realizar suas compras por telefone, recebendo o seu produto na sua residência. Além do que nesse mês ocorreu a comemoração do Dia dos Namorados, época em que as vendas nesse ramo costumam serem aquecidas.

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção apresentou crescimento de 11,9% em relação a maio, na série com ajuste sazonal. Em relação a Material de construção, as vendas no mês de junho foram positivas em 41,6%, na comparação com o mesmo mês de 2019.

O segmento Veículos, motos, partes e peças teve queda de 30,4% nas vendas em junho de 2020, em relação à igual mês do ano anterior. Atividade fortemente influenciada pelo crédito teve suas vendas comprometidas dado ao “oceano” de incertezas quanto ao comportamento da atividade econômica no país provocada Covid – 19. Esse cenário levou as instituições financeiras a restringirem a liberação de crédito, dada a iminente elevação da taxa de inadimplência nos próximos meses. Para a análise dos últimos 12 meses a taxa foi negativa em 10,6%.

Em relação a Material de construção, as vendas no mês de junho foram positivas em 41,6%, na comparação com o mesmo mês de 2019. Esse comportamento revela uma redução do pessimismo do consumidor, que dado a liberação do auxílio emergencial e uma sinalização de flexibilização das medidas de isolamento social, resolvem fazer benfeitorias nos seus imóveis. As expectativas seguem no sentido de uma melhoria no mercado de trabalho, trazendo um "refrigério" nas finanças. Essa observação é ratificada pelo Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas que subiu 9,0 pontos em junho, para 71,1 pontos. Outro aspecto a ser ressaltado é o efeito base, pois em igual mês do ano passado as vendas para essa atividade foram negativas (-10,1%). Esse desempenho resultou para o acumulado dos últimos 12 meses crescimento de 3,0%.

 Mateus Pereira/GOVBA

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