As primeiras projeções para economia baiana feita, no inicio do ano, eram animadoras em relação aos resultados dos dois anos anteriores. A expectativa era de crescimento de 2,5%. As informações divulgadas nesta quarta-feira (10) foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.
Os primeiros resultados das pesquisas mensais foram satisfatórios na safra de grãos, indústria e exportações. Comércio e serviços decepcionaram. Ao final do primeiro trimestre constata-se que a safra de grãos, indústria em geral e exportações registraram crescimento de 5,0%, 7,1% e 9,3%, respectivamente. Por outro lado comércio e serviços recuram 2,3% e 6,8%, nessa ordem.
As duas principais receitas correntes do estado, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Fundo de Participação dos Estados (FPE), mesmo com queda do comércio e serviços apresentaram resultados positivos de 7,1% e 3,0%, respectivamente.
A pandemia que começou na China e atingiu a Europa mudou completamente as expectativas dos agentes econômicos, gerando um clima de incerteza muito grande a partir do mês março, com o comércio e os serviços registrando taxas negativas bem expressivas.
Os detalhamentos dos setores, destacando alguns fatores que podem afetar as atividades de cada um, podem ser acessados na Carta de Conjuntura no site da SEI.
Além do boletim conjuntural a SEI está disponibilizando um texto para discussão, com o tema: A economia de Salvador entre 2021 e 2030: tendências estruturais, análise conjuntural e resiliência setorial pós-pandemia, com o objetivo de apresentar uma visão de futuro para o município de Salvador. A iniciativa surgiu de uma parceria entre a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a Faculdade de Arquitetura da Ufba e o Observatório das Cidades. Espera-se que as tendências apresentadas no texto sirvam de direcionamento para o desenvolvimento de ações efetivas para uma Salvador do Futuro, sobretudo após a ruptura social provocada pela pandemia do novo coronavírus. Acesse o texto, clicando aqui!