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Vendas do varejo baiano retraem 7,6% em março

As vendas no comércio varejista baiano intensificaram o recuo em março de 2020 em 7,6%, na comparação com igual mês do ano anterior. A retração no volume de negócios no país foi de 1,2%, em relação à mesma base de comparação. Na análise sazonal, o comércio varejista no estado baiano registrou queda de (-9,7%). No trimestre a taxa do volume de negócios foi negativa em 2,3%. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – realizada em âmbito nacional – e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.

O resultado registrado para o varejo baiano nesse mês releva que o setor foi atingido pelas perspectivas menos favoráveis dos consumidores quanto à atividade econômica. As medidas de isolamento social para conter a disseminação do Coronavírus que teve início em algumas capitais a partir da segunda quinzena de março levaram ao fechamento do comércio tanto nas ruas como em centros comerciais e shopping centers.

Os dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas referente ao Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou em 7,6 pontos em março, registrando 80,2 pontos, o menor valor desde janeiro de 2017 (78,3 pontos). A queda no índice de confiança é reflexo da percepção de piora da situação econômica do país e do comprometimento da renda pelos consumidores.  Com avanço da contaminação da Covid-19 no Brasil há uma previsão de redução da oferta de empregos e uma piora da situação financeira das famílias, levando a um pessimismo generalizado. 

Por atividade, em março de 2020, os dados do comércio varejista do estado baiano, quando comparados aos de março de 2019, revelam que apenas dois dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo. Assim, o desempenho positivo nesse mês ficou por conta do segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,3%), e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,0%). Nos demais segmentos, as variações foram negativas. Listados pelo grau de magnitude das taxas em ordem decrescente destacaram-se: Combustíveis e lubrificantes (-5,8%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-17,8%), Móveis e eletrodomésticos (-19,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-21,8%), Tecidos, vestuário e calçados (-40,8%), e Livros, jornais, revistas e papelaria (-40,9%). No que diz respeito aos subgrupos, verifica-se que registrou variação positiva as vendas de Hipermercados e supermercados com a taxa de 3,5%. Nas demais, as taxas foram negativas em 21,5% e 19,3%, respectivamente, para Móveis, e Eletrodomésticos.

A influência positiva em março vieram do segmento Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos. O comportamento nas vendas desses segmentos é reflexo das medidas de isolamento social recomendada pelos órgãos competentes da saúde: Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde do Brasil (MS) e Secretaria da Saúde, nos âmbitos estaduais e municipais, dada a confirmação de pandemia no mundo. Assim, em função do cenário incerto, muitos consumidores baianos intensificaram o volume de compras nos estabelecimentos de Hipermercados e supermercados, assim como na busca de se protegerem contra a incidência do Coronavírus muitos adquiriram produtos comercializados nas farmácias como álcool gel, bem como os que aumentam a imunidade.

Por outro lado, as maiores influências negativas para o setor vieram dos segmentos de Tecidos, vestuário e calçados, Outros artigos de uso pessoal e doméstico, e Móveis e eletrodomésticos. Os impactos do isolamento social em razão da Covid – 19 comprometeram o ritmo das vendas nessas atividades. Como uma forma de conter a disseminação do novo vírus, governos restringiram o funcionamento de empresas e a circulação de pessoas.

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção apresentou retração nas vendas de 12,8%, em relação à igual mês do ano anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação foi positiva em 1,3%.

O segmento Veículos, motos, partes e peças teve queda de 31,4% nas vendas em março de 2020, em relação à igual mês do ano anterior. Atividade fortemente influenciada pelo crédito teve suas vendas comprometidas dado ao “oceano” de incertezas quanto ao comportamento da atividade econômica no país provocada pela Covid – 19. Esse cenário levou as instituições financeiras a restringirem a liberação de crédito, dada a iminente elevação da taxa de inadimplência nos próximos meses. Para a análise dos últimos 12 meses a taxa foi positiva em 0,5%.

Em relação a Material de construção, as vendas no mês de março foram negativas em 2,1%, na comparação com o mesmo mês de 2019. O resultado das vendas registrado por esse segmento também pode ser explicado pela incerteza do comportamento da atividade econômica nos próximos meses. Esse desempenho resultou para o acumulado dos últimos 12 meses a taxa de crescimento de 1,8%.

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