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Vendas no varejo baiano retrai 0,7% em fevereiro

As vendas no comércio varejista baiano recuaram em 0,7% em fevereiro de 2020, na comparação com igual mês do ano anterior. Enquanto o varejo nacional registrou a expansão no volume de negócios de 4,7%, em relação à mesma base de comparação. Na análise sazonal, o comércio varejista no estado baiano ficou estável. No bimestre a taxa do volume de negócios foi negativa em 0,1%. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – realizada em âmbito nacional – e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.

O resultado registrado para o varejo baiano nesse mês releva que o setor foi atingido pelas perspectivas menos favoráveis dos consumidores quanto à atividade econômica, apesar da expansão do crédito, às quedas de taxas de juros e da realização do carnaval, festa popular em que as vendas costumam serem aquecidas. Os dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas referente ao Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou em 2,6 pontos em fevereiro. De acordo com a SEI, em fevereiro de 2020, dos sete grandes grupos que compõem o IPC/SEI, quatro registraram aumento. Dentre eles, o de Alimentos e Bebidas que apresentou variação positiva de 0,86% e de vestuário com variação de 5,42%.

Outro aspecto observado é que nesse mês em razão da preocupação com a iminente chegada do coronavírus ao Brasil, alguns foliões baianos optaram por não se exporem nas ruas, refugiando-se em casa ou nas cidades do interior da Bahia.

Por atividade, os dados do comércio varejista do estado baiano em fevereiro de 2020, quando comparados aos de fevereiro de 2019, revelam que um dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registrou comportamento positivo. Assim, o desempenho positivo nesse mês ficou por conta do segmento de Combustíveis e lubrificantes que expandiu as suas vendas em 8,0%. Nos demais segmentos, as variações foram negativas. Listados pelo grau de magnitude das taxas em ordem decrescente, destacaram-se: Móveis e eletrodomésticos (-0,7%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,8%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,6%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-3,7%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-3,8%), Tecidos, vestuário e calçados (-6,4%), e Livros, jornais, revistas e papelaria (-21,9%). No que diz respeito aos subgrupos, verifica-se que registrou variação positiva as vendas de Eletrodomésticos com a taxa de 1,6%. Nas demais, as taxas foram negativas em 1,1% e 5,8%, respectivamente, para Hipermercados e supermercados, e Móveis.

A influência positiva em fevereiro veio do segmento Combustíveis e lubrificantes que registrou, consecutivamente, a sua décima taxa positiva. Esse movimento se justifica pela retração no preço dos combustíveis praticados no período. Segundo informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no seu levantamento semanal, o valor médio do litro da gasolina recuou 0,3% para o consumidor, sendo a quarta queda consecutiva no mês de fevereiro. Apesar dos preços variarem de acordo com a região, na Bahia esse movimento refletiu um aumento nas vendas.

Por outro lado, as influências negativas para o setor vieram dos segmentos de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, e Tecidos, vestuário e calçados.

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, segmento de maior peso para o indicador de volume de vendas do comércio varejista, voltou a registrar recuo nas vendas. O resultado dessa atividade representou o maior impacto negativo na formação da taxa global do varejo na Bahia, sendo determinante para o comércio varejista na Bahia registrar retração nas vendas.

A segunda contribuição negativa foi de Tecidos, vestuário e calçados. Apesar de fevereiro ser um mês em que os consumidores costumam intensificar as compras para os produtos comercializados nessa atividade por conta das festividades no período, a elevação dos preços dos produtos comercializados no ramo contribuiu para a queda nas vendas.

Comportamento do comércio varejista ampliado

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção apresentou retração nas vendas de 2,5%, em relação à igual mês do ano anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação foi positiva em 1,6%.

No segmento Material de construção, as vendas no mês de fevereiro foram positivas em 1,2%, na comparação com o mesmo mês de 2019. O comportamento da atividade pode ser explicado pela expansão do crédito e às quedas de taxas de juros. Esse comportamento resultou para o acumulado dos últimos 12 meses a taxa de crescimento de 1,1%.

O segmento Veículos, motos, partes e peças teve queda de 8,6% nas vendas em fevereiro de 2020, em relação à igual mês do ano anterior. O recuo dos negócios nesse mês reflete a perda de confiança pelo segundo mês consecutivo no Índice de Confiança do Consumidor (ICC), dado a piora nas expectativas para os próximos meses. Para a análise dos últimos 12 meses a taxa positiva de 1,3%.

 

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