Mesmo diante de um quadro relativamente mais favorável no ano de 2019 do que nos anos anteriores, o mercado de trabalho não emplacou um processo de melhoria expressivo no 4° trimestre do ano. Essa foi uma das observações trazidas pelo mais recente Boletim de Conjuntura do Mercado de Trabalho disponibilizado no sítio eletrônico da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
O texto também não deixa de apontar para o fato de que a lentidão se manterá como principal predicado desse percurso – e, tudo isso, sem considerar a pandemia causada pelo coronavírus, já que no momento da elaboração do boletim não havia sido registrado o primeiro caso no país. Portanto, além de continuar posto, o desafio da retomada agora se depara com um cenário de incertezas bastante amplificadas, que acarretará obstáculos adicionais e excepcionais generalizados.
Baseado nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), as análises contidas no referido boletim – com foco trimestral, mas sem perder de vista o resultado acumulado por conta do fechamento de mais um ano – sugerem que o mercado de trabalho local, à época, se encontrava numa rota de progresso gradativo, mas pouco disseminado e robusto. Além do mais, fica claro ao longo do texto que os níveis pré-crise ainda não havia sido alcançados – horizonte bem mais distante nesse exato instante em que o mercado de trabalho, circunscrito por um ambiente já precarizado, tende a ser arrastado por essa onda com características de tsunami.
O Boletim de Conjuntura do Mercado de Trabalho referente ao quarto trimestre de 2019 pode ser acessado clicando aqui.