Economia brasileira e baiana
O evento contou com a palestra do Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Luiz Mário Ribeiro Vieira. Para Vieira, o resultado do PIB Brasil do segundo trimestre, de 0,4% em relação ao trimestre anterior, surpreendeu boa parte do mercado financeiro que esperava taxa de 0,2%, o que evitou, portanto, uma recessão técnica após queda 0,1% no primeiro trimestre. Esse resultado foi impactado pelo bom desempenho da Construção e da Indústria de Transformação. O PIB da Bahia também apresentou resultado positivo de 1,3% na mesma base de comparação, embora quando se compara o primeiro semestre, o Brasil cresceu 0,7% e a Bahia, teve queda de 0,1%. Com base nesse quadro, Viera, acredita que as perspectivas para o próximo trimestre, com relação aos dados divulgados pelos órgãos de pesquisas, apontam para uma taxa abaixo da registrada no segundo trimestre, devido às incertezas no cenário externo, a lenta recuperação da atividade econômica e do elevado desemprego. “Todavia, às medidas pontuais adotadas pelo governo possam dar um alento à economia, como a liberação de R$ 500 das contas ativas e inativas do FGTS, evitando um resultado negativo no PIB do terceiro trimestre”, salientou.
Economia Internacional
Ao apresentar os resultados sobre o Comércio Exterior, Arthur Souza Cruz, coordenador de acompanhamento conjuntural da SEI, destacou a crescente tensão entre Estados Unidos e China, acredita o mesmo, que o embate entre as duas potências deve se prolongar, reduzindo o crescimento mundial e os preços das commodities, o que criaria um ambiente mais adverso para o aumento das exportações baianas, que já acusam queda de 3,4% no ano, até julho. O aumento das incertezas no cenário externo impacta os preços das commodities, como soja, celulose, petróleo e petroquímicos, além de reduzir a demanda externa por bens e produtos, que registraram queda de 10% no quantum embarcado no ano. “As perspectivas não são boas para o comércio global, diante dos efeitos diretos decorrentes dos conflitos comerciais, pois deprimem a confiança e, portanto, a atividade econômica mundial, cuja demanda externa representa um grande estímulo ao crescimento econômico no Brasil”, analisa Cruz.
Inovação
Com a pretensão de avaliar o comportamento da Bahia em relação às unidades federativas da região nordeste, no evento inovou com a inserção da análise regional, contribuindo para o enriquecimento acerca do desempenho do estado em relação à região. Um dos destaques apresentado foi o saldo do emprego formal que, no acumulado do ano até julho, gerou 28.056 postos de trabalhos, enquanto que a região nordeste fechou 31.695 postos de trabalho.
A diretora geral da SEI, Jorgete Costa, destacou a relevância do evento, “esse é um momento de diálogo e reflexão sobre os rumos da economia baiana no âmbito regional, nacional e internacional em um cenário de incertezas”. Vale ressaltar, a presença de especialistas da área e representantes da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Desenbahia, Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz), Secretária de Turismo do Estado da Bahia (Setur) e Seplan, que contribuíram para o enriquecimento do diálogo. Para acessar a apresentação completa clique aqui
Fonte: Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI)