Com a redução nos embarques de produtos agrícolas, devido à entressafra, e a queda nas vendas de produtos manufaturados, as exportações baianas tiveram recuo de 1,1% em janeiro quando comparadas a igual mês de 2017, alcançando US$ 558,3 milhões. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). As importações também não deram indício de recuperação na atividade econômica e tiveram queda de 31,7%, atingindo US$ 602,8 milhões, com redução nas principais categorias, com exceção dos bens de consumo.
Os destaques positivos das exportações em janeiro ficaram com o setor de papel e celulose, que registrou crescimento de 35% (US$ 163,6 milhões), com forte valorização em relação a janeiro de 2017 - resultado da aceleração das compras na China - e com o setor metalúrgico, com incremento de 91,4% (US$ 73,6 milhões), a partir da recuperação da produção de cobre e da melhora nos preços do produto no mercado internacional.
Já o desempenho negativo foi puxado pelo setor químico (queda de 9,8%, para US$ 116,2 milhões) e pelo setor automotivo que caiu 62,2%, reflexo do fim do Inovar-Auto, que expirou no dia 31 de dezembro e não foi substituído por um novo regime de incentivo ás exportações do setor.
Importações - Apesar de ter registrado um valor maior que as vendas externas em janeiro (US$ 602,8 milhões), as importações baianas não reeditaram o bom desempenho dos últimos meses de 2017 e acusaram redução de 31,7%, como resultado da queda nas compras de combustíveis em 54,7%, principalmente de nafta, além do desempenho negativo nas compras de bens intermediários e bens de capital que caíram 28,4%, reflexo da persistente retração de investimentos.
Embora, o resultado de janeiro de 2017 tenha sido muito alto em função das compras de combustíveis, o efeito da retomada, ainda que lenta da atividade doméstica, explica o resultado negativo no mês passado.
Com os resultados apurados em janeiro, a Bahia registrou um déficit de US$ 44,5 milhões em sua balança comercial, como resultado do crescimento maior das importações no mês.