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SEI divulga Pesquisa de Emprego e Desemprego no segmento de idosos

Não publicado

 

A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulgou hoje (29) o resultado da Pesquisa de Emprego e Desemprego no segmento da inserção de idosos no mercado de trabalho na Região Metropolitana de Salvador (PED-RMS). A pesquisa identificou que o grupo populacional que mais cresce no mercado de trabalho é o dos idosos.  A Pesquisa de Emprego e Desemprego é analisada pela SEI em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a Fundação Seade do Estado de São Paulo, a Secretaria de Trabalho do Estado da Bahia (SETRE), e conta com o apoio do Fundo de Amparo ao Trabalhador do Ministério do Trabalho.

 

Os impactos das transformações na estrutura etária da Região Metropolitana de Salvador (RMS) podem ser observados com os dados da PED-RMS relativos à evolução da População em Idade Ativa (PIA) nos biênios 2005/2006 e 2015/2016. Em um período relativamente curto, a parcela de pessoas maduras e idosas, com idade superior a 40 anos, aumentou de 35,3% da PIA para 44,4%, face à evolução do percentual de crianças, adolescentes e jovens, com 10 a 24 anos de idade, que reduziu seu percentual de 34,3% para 26,2%, nesse mesmo período.

 

Na RMS, em 2015/16, as pessoas com 60 anos de idade ou mais representavam 14,4% da PIA. Dois aspectos devem ser destacados sobre esse segmento: primeiro, o mencionado aumento da parcela da população nessa faixa etária (em 2005/06 eram 9,9%) e, segundo, a maior presença de mulheres, resultado da maior expectativa de vida entre elas. A rigor, quanto mais elevada a faixa etária, maior a parcela feminina na população.

 

Embora a População Economicamente Ativa (PEA) seja formada, principalmente, por indivíduos com até a 59 anos de idade (96,3% do total em 2015/16), sobretudo por aqueles com 25 a 59 anos (78,6%), o envelhecimento da população metropolitana é um dos fatores intervenientes na composição etária dos indivíduos no mercado de trabalho.  Com efeito, os dados da Pesquisa mostram que a PEA da RMS apresentou entre 2005/06 e 2015/16 um expressivo crescimento nas faixas mais maduras e decréscimo entre as mais jovens. O aumento da PEA total foi de 12,5% no período, porém, o contingente de pessoas com 60 anos ou mais trabalhando ou em busca de trabalho foi efetivamente o que mais cresceu (52,2%), seguido das pessoas maduras, com 40 a 59 anos de idade (40,5%) e das que tinham entre 25 e 39 anos (12,0%). A população com 10 a 15 anos no mundo do trabalho diminuiu em 60,0% e a com 16 a 24 anos 21,7%. Finalmente, o amadurecimento da PEA pode ser ilustrado pela média de idade dessa população que cresceu, ao passar de 34 anos em 2005/06 para 37 anos em 2015/16.

 

O acelerado envelhecimento da população nos últimos anos, somado a outras transformações que impactaram na estrutura etária, levaram a um expressivo crescimento no mercado de trabalho nas faixas mais maduras e decréscimo entre as mais jovens. Do mesmo modo, a presença de idosos entre os ocupados, ainda que pequena, aumentou significativamente mais, em termos relativos, que a dos ocupados nas demais faixas.

 

Com isso, constata-se que os idosos que estão no mercado de trabalho estão menos sujeitos ao desemprego, fruto da menor pressão sobre o mercado de trabalho e da experiência adquirida, que os leva a permanecer muito mais tempo no mesmo posto de trabalho que os trabalhadores das demais faixas. Mas, apesar disso, sua maior presença relativa em setores como Construção e Serviços e, em posições como Serviços Domésticos, Demais Posições e, principalmente, no Trabalho Autônomo, indica que eles se mantêm mais presentes em inserções tradicionais e mais precárias.

Ainda assim, os ocupados idosos auferem rendimentos médios superiores aos ocupados das demais faixas, mais uma vez, a experiência e o longo período no posto de trabalho certamente têm influência. Todavia, no período em análise, o rendimento médio real dos idosos reduziu enquanto dos ocupados em geral aumentou. E o daqueles na faixa etária imediatamente anterior, de 50 a 59 anos, sofreu a maior redução relativa, isso significa que, em pouco tempo, alcançarão a faixa de 60 anos e mais, com poder aquisitivo muito inferior. Tudo isso ganha maior relevância ao se observar que o valor do rendimento médio real, advindo da ocupação dos idosos, contribuiu, em 2015/2016, com quase 1/3 do rendimento familiar da população.

 

Outra contribuição importante da população idosa para a composição do rendimento familiar deriva do rendimento recebido de aposentadoria e/ou pensão. No último período, a proporção do rendimento dos idosos na renda familiar somou, em média, 63,2%. Esse é um indicador que merece olhar acurado, frente ao rápido envelhecimento da população e num momento em que se discute reforma previdenciária.

 

O boletim completo pode ser acessado aqui.

 

 

 

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